|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nova captação do governo federal derruba o dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova captação de recursos fechada pelo governo
brasileiro derrubou o dólar
ontem. A moeda norte-americana encerrou os negócios
a R$ 2,589, em baixa de
1,15% diante do real.
Ontem o governo captou
US$ 1 bilhão por meio da
emissão de títulos com vencimento de dez anos. Segundo
operadores, a demanda pelos papéis foi muito maior,
sinal de que há interesse por
títulos brasileiros no momento. O Tesouro já emitiu
neste ano US$ 2,9 bilhões em
títulos no exterior.
Quando o governo realiza
uma captação no mercado
internacional, crescem as
perspectivas de que o setor
privado consiga empréstimos lá fora. E esse dinheiro
captado pelas empresas e
bancos acaba passando pelo
mercado de câmbio doméstico, aumentando a chance
de o dólar seguir em baixa
por causa da oferta maior.
Mesmo com as medidas
tomadas pelo BC -que tem
comprado dólares e vendido
novos títulos de "swap"
cambial-, a moeda americana não consegue ganhar
força diante do real.
Na quinta-feira passada, o
dólar chegou a subir 1,50%,
em sua maior alta em cerca
de nove meses. Mas analistas
avisaram que a alta não representava uma mudança
de tendência da moeda.
As projeções das taxas de
juros na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) oscilaram pouco ontem após
os ajustes da semana passada. A divulgação do boletim
Focus, do Banco Central,
deixou o mercado tranqüilo.
O documento mostrou que
o mercado reduziu de 5,70%
para 5,68% a previsão para o
IPCA deste ano.
Ao elevar os juros, o Banco
Central tenta fazer com que
essas projeções do mercado
convirjam para sua meta de
inflação, que é de 5,1% para
2005.
Com a redução das projeções, fica reforçada a expectativa de que a política de
elevação de juros pelo Copom (Comitê de Política
Monetária) está perto do
fim, tendo seu último capítulo neste mês. A taxa básica
de juros (a Selic) está em
18,75% anuais.
O contrato DI (Depósito
Interfinanceiro) com vencimento em julho fechou com
taxa de 19,11%, contra
19,12% do dia anterior.
(FV)
Texto Anterior: Estrangeiro leva Bolsa a alta de 15,6% no mês Próximo Texto: Novatas no pregão têm bons resultados Índice
|