São Paulo, terça-feira, 01 de abril de 2008

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Setor eleva estimativa para consumo e agro

LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O setor industrial elevou a estimativa do consumo das famílias e da agropecuária para 2008, reforçando a indicação de que a demanda interna e o campo sustentem o crescimento da economia também neste ano.
Para o consumo das famílias, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) reviu a taxa de expansão de 6,2% para 7,5%. Segundo o gerente-executivo da área econômica da entidade, Flávio Castelo Branco, a atualização levou em conta sinais de ampliação adicional da renda domiciliar, a exemplo do aumento real do salário mínimo e da previsão, por parte do governo, de elevação dos desembolsos dos programas de transferência de renda.
Para a agropecuária, a estimativa de alta sobe de 4,8% para 6% devido à permanência da valorização das commodities e da safra recorde de 139 milhões de toneladas esperada para 2007/08.
Essa indicação é referendada pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que projeta expansão mínima de 6%.
No informe de análise de conjuntura do primeiro trimestre, a CNI mantém a previsão de crescimento do PIB nacional e do PIB da indústria em 5%, a exemplo da estimativa de alta do investimento de 14%. A projeção da inflação medida pelo IPCA passou de 4,1% para 4,7%. O centro da meta é 4,5%.
Na análise do desempenho setorial, a CNI relata que a indústria vai deixar de liderar o crescimento porque o avanço das importações "toma" fatias importantes do consumo interno.
A CNI reviu a previsão para a balança comercial. Para a exportação, o número passa de US$ 175 bilhões a US$ 190 bilhões, cálculo baseado nas valorização das commodities. Na importação, a projeção sobe de US$ 150 bilhões a US$ 165 bilhões.


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