São Paulo, quarta-feira, 01 de maio de 2002

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EXPURGOS

CEF firmará convênios com empresas para que os valores até R$ 1.000 sejam depositados com o salário de junho

Empresa poderá pagar a correção do FGTS

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os trabalhadores com direito à correção de até R$ 1.000 dos saldos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) poderão receber o valor da reposição dos planos Verão e Collor 1 junto com o salário de junho, que será pago em julho.
A CEF (Caixa Econômica Federal) firmará convênios com as empresas para permitir o depósito em conta corrente.
A CEF já tem convênio similar com 77 mil empresas do país, beneficiando 4,5 milhões de trabalhadores no pagamento do abono do PIS (o chamado 14º salário). Para essas empresas, a CEF já enviou correspondência para ampliar o convênio para o pagamento das perdas do FGTS.
Segundo o superintendente nacional do FGTS, Joaquim Lima, a medida beneficiará os trabalhadores que podem sacar imediatamente a correção. "Quem já sacou o saldo daquelas contas poderá retirar o complemento de imediato. Isso não vale apenas para o saque feito para compra da casa própria", explicou.
Nas demais situações, o dinheiro será depositado em uma conta do FGTS, e o trabalhador precisará seguir as regras que valem para o saque: demissão sem justa causa, aposentadoria, compra de imóvel, doença grave (Aids e câncer), entre outras possibilidades.
Desde ontem, qualquer empresa pode se credenciar para o convênio. Isso pode ser feito pela internet (www.caixa.gov.br) ou pela central de atendimento da CEF (0800-550101). O prazo para credenciamento vai até 10 deste mês.
A CEF liberará os recursos para pagamento dos funcionários a partir do dia 19 de junho. "As empresas receberão o dinheiro um dia antes da data do pagamento do salário de junho. Pode ser no próprio mês de junho ou até 7 de julho, como manda a lei", disse.

Pagamento
Em seu programa semanal de rádio, o presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a afirmar que o pagamento das perdas do FGTS começará em junho.
Os dados atualizados da CEF mostram, no entanto, que o total de contas caiu para 53 milhões. Desse montante, 90% têm direito a créditos de até R$ 1.000.
Para receber o complemento na data prevista, o trabalhador tem de aderir ao acordo do governo com pelo menos 30 dias de antecedência. Segundo o último balanço da CEF, 13,8 milhões de pessoas já assinaram o termo de adesão - isso equivale a 34,5 milhões de contas do FGTS.



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