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CUT e Força Sindical levam disputa
sobre CLT para festa do 1º de Maio
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
As duas maiores centrais sindicais do país, CUT (Central Única
dos Trabalhadores) e Força Sindical, levam hoje aos palanques do
1º de Maio as rivalidades na discussão da reforma da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Com dez atos na Grande São
Paulo e mais de cem manifestações previstas nas principais cidades do país, a CUT optou por descentralizar suas comemorações
para debater o projeto de lei que
permite a flexibilização da legislação trabalhista. Foram gastos cerca de R$ 400 mil, bancados pelos
sindicatos filiados à central, informou a direção da CUT.
"A idéia é repetir o calendário
de protestos que aconteceu no dia
21 de março em todo o país para
mostrar que o trabalhador não
quer a retirada de direitos, como
prevê o projeto que está no Senado", disse o presidente da CUT,
João Felício. Pelo projeto, aprovado na Câmara no final de 2001, as
negociações coletivas podem se
soprepor à legislação trabalhista.
A Força Sindical espera atrair
1,5 milhão de trabalhadores na
praça Campo de Bagatelle (zona
norte de São Paulo), onde acontece a megafesta preparada há seis
meses pela central. Serão sorteados dez carros e cinco apartamentos durante os shows de mais de
30 artistas. A central também faz
shows em oito Estados -Rio
Grande do Norte, Pernambuco,
Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul.
Com o slogan "Um Brasil mais
justo, mais emprego, mais salário", a Força defende a mudança
na CLT como alternativa para fortalecer os sindicatos e diminuir o
número de trabalhadores sem
carteira assinada.
O custo do evento em São Paulo, estimado em R$ 2,5 milhões,
foi pago em parte por empresas,
que compraram cotas de patrocínio de R$ 50 mil a R$ 350 mil, e
por sindicatos associados à Força,
que pagaram entre R$ 7.500 e R$
30 mil. Entre as empresas que pagaram as cotas mais altas estão
Caixa Econômica Federal, Nestlé,
Petrobras e Telefônica.
"Além de shows e prêmios, os
trabalhadores vão ter a oportunidade de saber um pouco sobre as
propostas de emprego e salário
dos candidatos à Presidência da
República", disse o presidente da
Força, Paulo Pereira da Silva. Durante a festa, a Força exibirá vídeos dos presidenciáveis nos dez
telões, de 40 metros quadrados
cada, que serão usados na festa.
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