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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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PETRÓLEO

Presidente admite que decisão sobre unidade da Petrobras disputada por 8 Estados não vai considerar só aspectos econômicos

Política terá peso em nova refinaria, diz Lula

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro ontem no Rio que a escolha do Estado que abrigará uma nova refinaria de petróleo será influenciada por questões políticas. Não serão considerados só os aspectos econômicos e estratégicos de localização, disse.
Lula falou sobre o assunto ao discursar na inauguração do LabOceano (Laboratório de Tecnologia Oceânica) da Coppe (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia), no campus da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Minutos antes, também em discurso, a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PSB), falara sobre a pretensão do governo fluminense, que quer a refinaria na região norte do Estado. Rosinha e o marido, o ex-governador Anthony Garotinho, são de Campos, principal município da área.
De maneira bem-humorada, Lula abordou o assunto: "Tem pelo menos oito Estados querendo a refinaria". O interesse, segundo ele, decorre da previsão de que em breve o Brasil será auto-suficiente na produção de petróleo.
"Nos próximos três anos seremos donos, definitivamente, do nosso nariz", disse Lula.
O presidente acrescentou que a escolha resultará de análises econômicas, estratégicas e políticas.
"Além dos interesses estratégicos e econômicos da Petrobras, vai ter que ter uma pitadinha dos interesses estratégicos e políticos", disse Lula, finalizando a abordagem da questão com a seguinte frase: "É com esse critério que nós vamos discutir".
A Petrobras planeja construir a refinaria em 2006 ou 2007, a um custo entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões. A produção estimada deverá ser de 150 mil barris diários.

Maior tanque do mundo
O tanque oceânico inaugurado ontem na UFRJ é o mais profundo do mundo. Com 15 metros de altura -o equivalente a um prédio de oito andares-, tem capacidade para 23 milhões de litros.
A Coppe da UFRJ informou que ele é capaz de reproduzir as principais características do mar em profundidades superiores a 2.000 m. O custo foi de R$ 16,1 milhões.
O tanque permite observar a simulação de fenômenos naturais, como tufões e ciclones. As conclusões servirão para o aperfeiçoamento das tecnologias de extração oceânica de petróleo. (ST)


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