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PETRÓLEO
Presidente admite que decisão sobre unidade da Petrobras disputada por 8 Estados não vai considerar só aspectos econômicos
Política terá peso em nova refinaria, diz Lula
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva deixou claro ontem no Rio
que a escolha do Estado que abrigará uma nova refinaria de petróleo será influenciada por questões
políticas. Não serão considerados
só os aspectos econômicos e estratégicos de localização, disse.
Lula falou sobre o assunto ao
discursar na inauguração do LabOceano (Laboratório de Tecnologia Oceânica) da Coppe (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia), no
campus da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro).
Minutos antes, também em discurso, a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PSB), falara sobre
a pretensão do governo fluminense, que quer a refinaria na região
norte do Estado. Rosinha e o marido, o ex-governador Anthony
Garotinho, são de Campos, principal município da área.
De maneira bem-humorada,
Lula abordou o assunto: "Tem pelo menos oito Estados querendo a
refinaria". O interesse, segundo
ele, decorre da previsão de que em
breve o Brasil será auto-suficiente
na produção de petróleo.
"Nos próximos três anos seremos donos, definitivamente, do
nosso nariz", disse Lula.
O presidente acrescentou que a
escolha resultará de análises econômicas, estratégicas e políticas.
"Além dos interesses estratégicos e econômicos da Petrobras,
vai ter que ter uma pitadinha dos
interesses estratégicos e políticos", disse Lula, finalizando a
abordagem da questão com a seguinte frase: "É com esse critério
que nós vamos discutir".
A Petrobras planeja construir a
refinaria em 2006 ou 2007, a um
custo entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2
bilhões. A produção estimada deverá ser de 150 mil barris diários.
Maior tanque do mundo
O tanque oceânico inaugurado
ontem na UFRJ é o mais profundo do mundo. Com 15 metros de
altura -o equivalente a um prédio de oito andares-, tem capacidade para 23 milhões de litros.
A Coppe da UFRJ informou que
ele é capaz de reproduzir as principais características do mar em
profundidades superiores a 2.000
m. O custo foi de R$ 16,1 milhões.
O tanque permite observar a simulação de fenômenos naturais,
como tufões e ciclones. As conclusões servirão para o aperfeiçoamento das tecnologias de extração oceânica de petróleo.
(ST)
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