São Paulo, segunda-feira, 01 de maio de 2006

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MERCADO ABERTO

Futuro aponta para diversidade

A diversidade está em pauta nas grandes empresas. Pesquisa do grupo de capital humano Korn/ Ferry mostra que a divisão entre as pessoas que opinam sobre os corpos diretores das empresas está bem dividido: 48% acreditam que será mantido o status quo do perfil cultural e de sexo dos membros dos escritórios de CEOs, e 47% acham que, em dez anos, o cenário será bem mais diverso que é hoje.
Os dados foram coletados entre executivos europeus e norte-americanos. Nesses dois universos, há diferenças: os europeus se mostraram mais conservadores. Apenas 37% acreditam em diversidade maior, em comparação a 60% dos norte-americanos.
Nos próximos dez anos, segundo a pesquisa, a diversidade deve alcançar itens como nacionalidade e, principalmente, sexo. Segundo o documento final, embora ainda existam impedimentos para a ascensão profissional das mulheres, algumas empresas já se esforçam para explorar o trabalho feminino. Um total de 41% das companhias pesquisadas afirmou que estão implementando estratégias para melhorar as oportunidades de liderança para as mulheres.
Para o sócio da filial brasileira da Korn/ Ferry, Flávio Kosminsky, os números são diferentes no Brasil porque a diversidade é menor no país que nos pesquisados do hemisfério norte. "No Brasil, o nível de educação ainda é muito próprio dos bem-nascidos. Não há muita gente de diferentes origens capacitada", afirma.
Kosminsky diz que, embora assuma outra feição, a diversidade também é uma questão em pauta no país. "Não é diversidade por ela em si, mas como uma razão empresarial por trás. É um reconhecimento que a empresa precisa endereçar ao consumidor", afirma.

FEIJOADA COMPLETA
O restaurante Bolinha tem 60 motivos para comemorar: seu carro-chefe, a feijoada completa, faz seis décadas de existência este ano. A receita do prato, que nasceu da comemoração da vitória do time de futebol do bairro em 1946, continua a mesma. "Agora temos também a versão light", diz José Orlando Paulillo, filho do fundador Affonso Paulillo, que hoje dirige a casa ao lado do irmão. Paulillo conta que em todos esses anos, políticos e famosos freqüentaram a casa. "São tantas as histórias que não há por onde começar", afirma. Hoje, a feijoada do Bolinha pode ser degustada também fora do restaurante. O novo negócio da casa é servi-la em lançamentos imobiliários, em parcerias com construtoras.

PROMOÇÃO SMS
Pepsi e Ruffles, duas marcas do grupo Pepsico, darão um Ipod por hora, uma EcoSport por semana e R$ 500 mil por mês a partir de maio até 17 de julho. A promoção vai utilizar o sistema de envio de códigos por SMS (celular). Os códigos para concorrer aos prêmios poderão ser encontrados no verso dos anéis das latas de refrigerante. É a primeira vez no Brasil que uma promoção disponibiliza essa tecnologia.

SALA DE AULA DIGITAL
Acabou a era do giz. Cerca de 230 clientes entre empresas, instituições educacionais, órgãos públicos e entidades governamentais de todo o país já usam a tecnologia batizada de "smart board", uma lousa digital sensível ao toque. O produto, desenvolvido pela empresa canadense Smart Techonology, no Brasil é representada pela Scheiner, que participa a partir de amanhã da feira de educação Educar. "Na feira, apresentaremos soluções em hardware e software integrados às soluções com nossos parceiros", diz Claudia Scheiner, empresária e proprietária da distribuidora. A tela também estará presente no congresso da Educar, em palestra da presidente da empresa canadense Nancy Knowton, pesquisadora e educadora, que vem ao Brasil especialmente para o evento.

BOLA DE CRISTAL
Depois de ter registrado na sexta o menor valor em cinco anos, a Austing Rating já prevê que o dólar possa atingir a marca de R$ 2, o que, para desespero dos exportadores, pode acontecer ainda neste semestre. Para dezembro, a consultoria também alterou sua projeção, de R$ 2,30 por dólar para R$ 2,20. A Austing Rating acredita na possibilidade de a taxa de câmbio sofrer alguma turbulência por causa das eleições.

ALÉM MAR EM GARRAFA
Um dos principais sabores de Portugal veio a São Paulo, na última semana, trazido pelo enólogo português Domingos Soares Franco. Membro da quinta geração da família proprietária da produtora José Maria da Fonseca -uma das maiores exportadoras de vinhos de Portugal e dona da marca Periquita-, Franco veio lançar uma reserva especial de 2001 e o primeiro vinho branco da marca em 150 anos. "O Brasil é um mercado muito especial, nosso segundo mais importante", diz. O líder no ranking de importações dos vinhos Periquita é a Suécia. Domingos veio conhecer de perto o mercado brasileiro, aproveitou para conhecer os novos Confrades e ainda comandou uma degustação no A Figueira Rubaiyat.


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