São Paulo, sábado, 01 de junho de 2002

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PLATINAS

COLAPSO NOS LENÇÓIS

Crise econômica derruba o apetite sexual entre os casais argentinos

A falta de dinheiro, o desemprego, a sensação de fracasso e o curralzinho dos depósitos bancários derrubaram o ânimo dos argentinos, e isso trouxe inconvenientes quando se trata do relacionamento sexual.
Estudo divulgado recentemente pelo jornal "Clarín" indica que 67% dos homens e das mulheres deixaram de ter relações sexuais como faziam anteriormente. Em média, a frequência caiu pela metade. A pesquisa foi feita pelos institutos Kanon Tower e D'Alessio/Irol.
"O desejo necessita de um cérebro disponível, e a crise está permanentemente na cabeça dos argentinos como motivo de estresse e ansiedade", afirmou o psiquiatra e sexólogo Adrián Helien. O especialista, que trabalha no departamento de urologia de um hospital em Buenos Aires, considera que a crise reduziu drasticamente o tempo dedicado a encontro íntimos.
"Não apenas se observa uma diminuição na frequência das relações sexuais, mas também uma queda na qualidade delas", disse Helien. Segundo o médico, entre os homens, as principais queixas são de falta de desejo e de ejaculação precoce. Já as mulheres reclamam da falta de orgasmo.
De acordo com o estudo, a falta de apetite sexual atinge principalmente casais em que os parceiros estejam entre os 35 e os 44 anos. Mas todas as faixas etárias foram afetadas de alguma maneira.
"Historicamente os homens procuram mais os especialistas para tratar do assunto. Entre dez pacientes, sete são do sexo masculino", disse Helien.
A crise econômica deu mais trabalho a psiquiatras e sexólogos, mas derrubou o movimento nas lojas de roupas íntimas. A venda de peças eróticas caiu 30%. Nos motéis, a frequência caiu entre 30% e 40%.
(DA EFE)


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