A nova vítima das agressões contra políticos argentinos foi o filho do ex-presidente Fernando de la Rúa. Na noite de quinta-feira, Aíto de la Rúa foi agredido pelas costas por uma mulher, que lhe deu um soco na cabeça.
Aíto estava em frente a um hospital de Buenos Aires, onde havia sido internada sua irmã, Augustina, que acabara de dar à luz o terceiro filho.
Na saída, Aíto concedia uma entrevista a redes de TV quando foi agredido e insultado pela mulher. Ele decidiu não revidar a agressão e deixou o local.
O ex-presidente também havia abandonado o local apressadamente. Desde que deixou a Presidência, De la Rúa tem vivido em uma chácara um pouco afastada de Buenos Aires e poucas vezes foi visto em público.
O ex-presidente, assim como outros políticos argentinos, tem evitado o contato com a população, com medo de agressões, que não param de aumentar com a manutenção do curralzinho e o agravamento da crise econômica.
Entre os políticos que já foram ofendidos ou agredidos em lugares públicos estão o senador Eduardo Menem, irmão do ex-presidente Carlos Menem, e o chanceler Carlos Ruckauf.
No Legislativo, a situação é parecida. Muitos deputados e senadores deixaram de frequentar cafés e restaurantes de Buenos Aires com medo da população.

Delivery
Quem aproveitou para lucrar com a situação foi o restaurante localizado dentro do prédio do Congresso. Em dias de longas votações, a maioria dos deputados prefere comer sem sair do prédio ou pedir refeições por telefone para restaurantes de entrega rápida para não entrar em contato com os manifestantes que cercam o prédio quase que diariamente. (JS)
(DE BUENOS AIRES)


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