São Paulo, sábado, 01 de junho de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Metal se valorizou 12,24% em maio; dólar ficou em segundo, com alta de 6,5%; Bolsa caiu 1,71%

Ouro segue líder no ranking de aplicações

DA REPORTAGEM LOCAL

O ouro manteve a liderança no ranking das aplicações financeiras em maio. O metal encerrou o mês com valorização de 12,24%. Neste ano, acumula alta de 23,72%. O dólar veio em seguida, com alta acumulada de 6,52% no mês passado.
A Bolsa de Valores de São Paulo manteve a lanterninha. As ações encerraram maio desvalorizadas em 1,71%. A poupança rendeu 0,71% e o CDB, 1,42%. Os fundos DI subiram 1,41%.
A explicação para o desempenho do ouro relaciona-se com as incertezas do cenário atual. O metal tem se valorizado desde os atentados terroristas nos Estados Unidos, em setembro do ano passado. Em situações de forte insegurança, os investidores costumam buscar a segurança de um ativo real.
Especificamente para o Brasil, pesa o fato de este ser um ano eleitoral, o que gera instabilidade. No mês passado, os indicadores financeiros brasileiros, como o risco-país e os títulos da dívida externa, se depreciaram por conta de manifestações de bancos estrangeiros.
Eles demonstraram preocupação com o futuro econômico e político do país, por conta das eleições presidenciais deste ano. Dias depois, as mesmas instituições fizeram avaliações favoráveis ao Brasil, mas o estrago já estava feito.
Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora, acredita que este será um mês mais positivo. "A expectativa é que o cenário econômico melhore, com bons resultados para a balança comercial e redução dos juros. Junho tem tudo para ser um mês mais tranquilo."
Segundo a análise de Bandeira, a Bolsa poderá encerrar o mês em alta e o dólar não deverá apresentar forte valorização.

Feriado
Após o feriado de quinta-feira, o mercado financeiro teve um dia vazio para os negócios ontem. O dólar encerrou o dia estável, cotado a R$ 2,516.
A Bolsa de Valores de São Paulo caiu 0,95%, para 12.861 pontos. O volume negociado foi pequeno, de R$ 373,845 milhões.
Como a Bovespa fechou em alta por cinco pregões consecutivos, analistas consideraram normal o resultado de ontem. Investidores preferiram vender ações e embolsar lucros.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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