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São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2003

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ONG brasileira rebate críticas de fundador

DA REPORTAGEM LOCAL

A afirmação de Patrick Moore de que o Greenpeace teria se tornado uma organização meramente política é rebatida pela representação brasileira da ONG.
"Na nossa agenda não há debates contrários à globalização nem ao capitalismo. Nós defendemos soluções viáveis para uma agricultura limpa e sustentável", diz Mariana Paoli, coordenadora da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace.
Segundo ela, Moore de fato participou do grupo de ambientalistas que fundou o Greenpeace, em 1971. Mas Paoli ressalta que ele deixou a organização antes da criação da campanha de engenharia genética da ONG. "Moore trabalhou para a organização ambientalista durante muitos anos, mas nunca na campanha de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados)", diz.
Outro atrito entre o Greenpeace e Moore diz respeito à discussão científica. Diferentemente do cientista canadense, Paoli argumenta que o uso de transgênicos pode levar ao surgimento de superpragas e que, uma vez no ambiente, não haveria como controlar os seus efeitos futuros. "Moore nunca chegou a publicar qualquer texto relacionado aos transgênicos", afirma Paoli.
Quanto à acusação de que o Greenpeace emperraria o avanço da ciência, a coordenara da ONG rebate: "Não somos contra a pesquisa. Mais pesquisa e segurança é justamente o que queremos".


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