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ONG brasileira
rebate críticas
de fundador
DA REPORTAGEM LOCAL
A afirmação de Patrick Moore de que o Greenpeace teria se
tornado uma organização meramente política é rebatida pela
representação brasileira da
ONG.
"Na nossa agenda não há debates contrários à globalização
nem ao capitalismo. Nós defendemos soluções viáveis para
uma agricultura limpa e sustentável", diz Mariana Paoli,
coordenadora da Campanha
de Engenharia Genética do
Greenpeace.
Segundo ela, Moore de fato
participou do grupo de ambientalistas que fundou o
Greenpeace, em 1971. Mas Paoli ressalta que ele deixou a organização antes da criação da
campanha de engenharia genética da ONG. "Moore trabalhou para a organização ambientalista durante muitos
anos, mas nunca na campanha
de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados)", diz.
Outro atrito entre o Greenpeace e Moore diz respeito à
discussão científica. Diferentemente do cientista canadense,
Paoli argumenta que o uso de
transgênicos pode levar ao surgimento de superpragas e que,
uma vez no ambiente, não haveria como controlar os seus
efeitos futuros. "Moore nunca
chegou a publicar qualquer
texto relacionado aos transgênicos", afirma Paoli.
Quanto à acusação de que o
Greenpeace emperraria o
avanço da ciência, a coordenara da ONG rebate: "Não somos
contra a pesquisa. Mais pesquisa e segurança é justamente o
que queremos".
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