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INFRA-ESTRUTURA
Maioria ainda tenta adequação a normas antiterrorismo; prazo acabará hoje
Portos ainda buscam certificação
DA SUCURSAL DO RIO
O governo brasileiro está correndo para adequar os portos e
terminais do país às novas regras
internacionais antiterrorismo. Se
não atenderem às normas, as unidades correm o risco de ficar de
fora do comércio internacional.
Hoje é a data limite para apresentação de, ao menos, um plano
de segurança e um cronograma
com as modificações que precisam ser feitas nas unidades -instalação de monitores, scanners,
sistemas de segurança, contratação de agentes, entre outras.
Das 218 instalações portuárias
do país, apenas 56 já haviam recebido até ontem o certificado do
governo que atesta que elas estão
trabalhando para se enquadrar às
novas regras, instituídas em 2002
pela IMO (Organização Marítima
Internacional), numa reação aos
atentados de 11 de setembro. A organização é ligada à ONU.
De acordo com o Ministério dos
Transportes, dos 30 portos públicos que precisam de modificações
em seus sistemas de segurança, os
8 principais (que respondem por
80% do comércio exterior) já estão aptos ou receberão os certificados até amanhã.
Todos os portos e terminais de
cargas têm de apresentar um plano de segurança, listando quais
equipamentos precisam ser instalados e qual será o cronograma
das obras. Com esse documento
certificado pelo governo, as instalações portuárias não serão punidas com a proibição de participar
do comércio internacional.
A maioria das unidades (162) já
apresentou o plano. O problema é
que apenas 105 foram inspecionadas pelo governo e só 56 já receberam a certificação. As outras 49
têm pendências, que, segundo o
Ministério dos Transportes, serão
resolvidas nos próximos dias.
O Porto de Santos, que movimenta 27% das exportações do
país, já recebeu o certificado. Ontem, estava sendo feita a inspeção
em dois grandes portos -Vitória
e Rio- ainda sem a certificação.
O governo desembolsou em
maio R$ 100 milhões para adaptar
os portos e quer criar, no futuro,
uma taxa de movimentação de
cargas para recuperar esse investimento, segundo o diretor de
Programas de Transportes Aquaviários do Ministério dos Transportes, Paulo de Tarso Carneiro.
Para implementar os novos sistemas de segurança, serão necessários mais R$ 150 milhões, de
acordo com Tarso. Ele disse que o
Brasil não perderá competitividade ao cobrar mais uma taxa portuária e que as novas regras não
atrapalham as exportações.
O novo código, ISPS Code (sigla
em inglês para o Código Internacional de Segurança de Navios e
Instalações Portuárias) também
pretende criar um intercâmbio de
informações sobre segurança.
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