São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2008

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Indústria prevê desaceleração, afirma FGV

DEISE DE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE

Ainda que as perspectivas de curto prazo da indústria apontem sustentação do ritmo da atividade, as empresas já projetam desaceleração mais à frente. Segundo a pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV (Fundação Getulio Vargas), a avaliação de piora na situação dos negócios nos próximos seis meses atingiu o maior índice (9%) em junho desde outubro de 1986, quando foi 10%.
Segundo Aloisio Campelo Jr., coordenador da pesquisa, a percepção da indústria reflete a combinação entre a alta da taxa de juros e a valorização do real. "As perspectivas de emprego e produção, que consideram um cenário de três meses, indicam sustentação do ritmo. Mas, no cenário de seis meses, pode ser o primeiro sinal de desaceleração", disse.
Em relação às empresas consultadas (1.031) que esperam melhora na situação nos próximos seis meses, o índice subiu para 61% -ante 53% em maio deste ano e 57% em junho de 2007. O percentual que espera piora era de 6% em maio deste ano e 4% em junho de 2007.
Segundo Campelo, o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) e o estoque equilibrados mostram que a indústria continua aquecida e que a desaceleração tende a ser suave, sob impacto da política monetária e da desaceleração internacional.
"O Nuci subiu em junho, mas o nível de estoque dá sinal de maior equilíbrio e sustentação. Há setores em que o Nuci cresce mais, mas, na média, a situação é confortável." Em junho, o Nuci atingiu 86,4% -o nível mais elevado no ano- ante 85,6% no mês anterior.


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