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BOLSA
Alta, de 2,17%, é a maior desde o dia 16; em 15 minutos, índice inverte queda de 0,97% para uma alta de 1,48%
Fed e a meta de 8% fazem Bovespa subir
MARCELO DIEGO
da Reportagem Local
O anúncio das metas de inflação
até o ano 2001 e, principalmente, a
decisão do Fed (banco central dos
EUA) de elevar os juros norte-americanos em apenas 0,25 ponto
percentual provocou entusiasmo
na Bolsa de Valores de São Paulo.
A Bovespa reverteu uma queda
que chegava a 1,67% e fechou em
alta de 2,17% -a maior desde o último dia 16.
O volume da Bolsa, que estava
em R$ 230 milhões no começo da
tarde, fechou em R$ 564,001 milhões. Foi o maior giro desde 24 de
junho, quando a Bovespa ainda
funcionava no horário antigo
(com 45 minutos a mais).
A meta de inflação para 1999
(8%) foi considerada cautelosa,
mas ganhou aprovação.
"O governo aproveitou um cenário otimista e fixou uma posição
um pouco mais defensiva. Neste
primeiro ano, ele poderá reduzir
mais a taxa de juros, sem se preocupar tanto com pressão inflacionária", afirmou Alexandre Camargo, diretor do Banco Bandeirantes.
Mais do que as metas de inflação,
no entanto, o grande responsável
pelo otimismo de ontem foi o Fed.
O mercado já esperava a nova taxa de juros de 5% ao ano. A surpresa foi a mudança no "viés" (mecanismo que permite modificação
nos juros a qualquer momento),
passando-o de alto para neutro.
O anúncio do Fed aconteceu às
15h15 (horário de Brasília). O efeito foi imediato. Às 15h, a Bolsa trabalhava em queda de 0,89%. Às
15h30, já operava em alta de 1,48%.
"Até a próxima reunião do Fed,
os investidores estão cobertos. Como o aumento de 0,25 ponto percentual já tinha sido antecipado, o
efeito deve ser reduzido. É provável que, diante de um cenário externo mais favorável, o BC decida
cortar os juros por aqui", disse André Loes, economista-chefe do
Banco Bozano, Simonsen.
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