São Paulo, Quinta-feira, 01 de Julho de 1999
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COMÉRCIO
Controle sanitário é a justificativa
Argentina proíbe compra na fronteira

LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

A partir de hoje, o consumidor argentino está proibido de comprar produtos de origem animal ou vegetal no comércio das cidades fronteiriças brasileiras.
A resolução Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar, que estabelece as limitações, alega a necessidade de controle sanitário.
O secretário de Agricultura, Indústria e Comércio de Uruguaiana (RS), Décio Detoni, porém, diz que as medidas ocorrem devido à desvalorização do real e ao consequente alto poder de compra do peso. "Há produtos, entre os que são citados na portaria, que não podem causar ameaça sanitária, como mel e flores", afirma.
Os produtos proibidos são carnes de todas as espécies, ovos, leites e derivados, mel, frutas, verduras, legumes, flores e plantas. Atualmente, frangos e ovos são os produtos mais vendidos para argentinos na fronteira.
Devido ao câmbio desfavorável, o governo argentino já havia imposto limitações em março. Quem comprasse acima de certo limite passaria a ter de pagar tarifa alfandegária de 50% sobre o excedente.
A Associação Uruguaianense de Micro e Pequenas Empresas, temendo pelas dificuldades de 200 comerciantes e 1.200 empregados só no município, programa uma série de manifestações.
O consulado brasileiro em Paso de los Libres (Argentina) enviou, antes de serem adotadas as medidas, cartas ao Itamaraty e à embaixada brasileira em Buenos Aires relatando a situação na fronteira.


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