São Paulo, quinta-feira, 01 de agosto de 2002

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FHC quer acordo para manter receita em 2003

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso e a equipe econômica tentam costurar um acordo com todos os presidenciáveis a fim de garantir um consenso para que receitas previstas para acabar em 2003 sejam mantidas.
Ou seja, descartada a possibilidade de um compromisso com o FMI (Fundo Monetário Internacional), organismo que está discutindo com uma missão brasileira os termos de um novo empréstimo ao país, a equipe econômica deseja garantir apoio para aprovar no Congresso a prorrogação de receitas que vencem em 2003.
FHC argumentará que deseja deixar para o sucessor o mesmo nível de receitas que teve neste ano, o último de seus dois mandatos. Assim, ficaria mais fácil para o presidente eleito, seja da oposição ou ligado ao governo, gerenciar o país. José Serra, candidato do PSDB e do governo, disse que apóia o novo acerto com o Fundo e todas as medidas necessárias para enfrentar a crise econômica.
Estudo do Ministério do Planejamento mostra que, em 2003, o governo perderá R$ 2,8 bilhões em arrecadação de impostos com a redução de alíquotas da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e do Imposto de Renda de Pessoa Física.

Lula, Ciro e Garotinho
Na avaliação do presidente, será mais fácil obter algum tipo de apoio do PT de Luiz Inácio Lula da Silva do que de Ciro Gomes (PPS) e de Anthony Garotinho (PSB). Estes três candidatos rejeitaram assinar um compromisso com o FMI, mas Lula sugeriu que, se o presidente lhe chamar para conversar sobre a crise, comparecerá ao Palácio do Planalto.
O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, por exemplo, encontrou-se recentemente com o deputado federal Aloizio Mercadante, um dos principais formuladores econômicos do PT. FHC e Fraga vêem chance de apoio do PT a algumas medidas.
(KENNEDY ALENCAR)


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