São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004

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Exportadora paga frete aéreo para cumprir contrato

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A Embraco (Empresa Brasileira de Compressores) está recorrendo ao transporte aéreo para cumprir contratos de entregas de compressores aos Estados Unidos e à Europa. A empresa, com sede em Joinville e unidades na China, na Itália e na Eslováquia, exporta 70% de sua produção. Neste ano, as vendas externas devem chegar a US$ 270 milhões.
Para manter essa meta, no entanto, a empresa está "pagando" para exportar. É que a exportação aérea é dez vezes mais cara do que pela via marítima. "Temos contratos que precisam ser cumpridos e, mesmo com o custo do frete aéreo maior do que o do produto, não podemos deixar nossos clientes na mão", afirma o diretor corporativo de Materiais, Ricardo Domicent.
Johni Richter, diretor corporativo de Operações, lembra que a empresa exporta componentes, e não produto final. "Se o compressor não chega aos EUA, nossos clientes não fabricam a geladeira. Pára toda uma cadeia produtiva", afirma.
Os dois diretores da Embraco criticam a falta de investimentos em infra-estrutura e logística. "E não é só verba. O governo federal tem que ter sensibilidade para facilitar as iniciativas de melhoria da logística de exportação", afirma Domicent.


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