São Paulo, Domingo, 01 de Agosto de 1999 |
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PAINEL S/A O medo da fera A inflação já volta a preocupar. Para vários analistas, o aumento ainda é localizado, mas o reajuste anunciado para o petróleo e o reaquecimento previsto para a economia favorecem o aumento de preços e podem fazer a inflação subir. Por isso, muitos defendiam a manutenção dos juros em 20%, por enquanto. Quebra-cabeças 1 Não sem razão, a exposição do economista do BC sobre previsões de inflação durou mais de uma hora na reunião do Copom, de quarta passada. Isso contribuiu para que a reunião durasse duas horas além do previsto. Quebra-cabeças 2 E o clima pesou na reunião. Houve, sim, divergências entre os diretores do BC sobre o que fazer com os juros. O impasse foi resolvido pelo presidente, Armínio Fraga, que fincou pé na decisão de reduzi-los de 21% para 19,5%. O perigo do vizinho No cenário externo, a Argentina continua preocupando. O episódio com o Brasil está contornado, mas o pior ainda está por vir. E a contaminação dos países emergentes é inevitável. O choro do tango Para o economista Luís Paulo Rosenberg, a situação da Argentina é delicada. Desvalorizar o peso não é recomendável, dado o altíssimo endividamento público e privado. A dolarização não resolveria nada. "Eles terão de fazer o ajuste via deflação: aprofundar a recessão até uns -12% do PIB". Apelando ao papa O ex-ministro Mailson da Nóbrega diz que os argentinos acabarão descobrindo que também têm seu Itamar Franco. Trata-se de Eduardo Duhalde, candidato à presidência, que causou um reboliço ao dizer que apelaria ao papa para não pagar a dívida externa argentina. No Brasil, depois da moratória (dita, mas não vista) de Itamar, veio a máxi. Margem espremida O primeiro trimestre deste ano foi o de menor rentabilidade para as empresas desde 1990, segundo estudo da consultoria Austin Asis. Para as 320 empresas analisadas, a rentabilidade média foi de -8,9% até março, contra -0,9% entre janeiro e março de 98. Moral baixo 1 A Bolsa de São Paulo caiu 9,10% em julho. Considerando a moeda local, o mês de julho não fechava em baixa desde 1983. Em dólar, o resultado foi um pouco pior. Queda de 10,34%, sendo que o último resultado negativo em um mês de julho foi em 1993. Os dados são da Economática. Moral baixo 2 O desempenho da Bolsa de Valores indica, segundo especialistas, a desconfiança do investidor. Exatamente por ser um mês de volumes menos expressivos, a Bolsa não costuma cair em julho. Portanto, o sinal deve ser levado a sério. Sorte do consumidor O acirramento da concorrência na venda de livros via Internet promove descontos de 50% até nos lançamentos. O novo policial de Patricia Cornewell, "Black Notice", recém-lançado nos EUA, sai por US$ 12,98, em vez de US$ 25,95, na Amazon.com. Prato cheio O Gartner Group alerta para o maior risco de roubo no final deste ano. Os sistemas foram abertos por causa do bug, e US$ 11 trilhões foram transferidos eletronicamente em 98, nos EUA. E-mail: painelsa@uol.com.br Próximo Texto: Combustíveis: Indústria da liminar custa meio bi Índice |
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