PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A melhora nos negócios da Fiat nos sete primeiros meses do ano gerou pelo menos 3.100 novos empregos em Betim (região metropolitana de Belo Horizonte) e no seu entorno, onde estão a montadora e as indústrias fornecedoras de peças e componentes.
A maior parte dos empregos, 2.480, surgiu nas cerca de 300 indústrias fornecedoras de peças em Betim, Bicas e Igarapé. Já a Fiat contratou, de 20 de dezembro de 2003 até julho deste ano, 620 novos empregados.
Tanto a Fiat quanto o sindicato dos metalúrgicos trabalham com os estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) segundo o qual cada emprego gerado em uma montadora significa mais quatro novos na cadeia fornecedora de autopeças.
O contingente, segundo a Fiat, seria ainda maior se considerados os empregos gerados, por exemplo, em siderúrgicas, mineradoras, concessionárias e oficinas, que também se beneficiam do crescimento no setor automotivo.
Mais empregos em Betim e no seu entorno significaram, além da renda, mais benefícios nas vagas formais. Na Fiat, por exemplo, os 620 contratados receberam assistência médica e odontológica.
Mas as condições oferecidas nas novas vagas são distintas. Segundo o sindicato, o menor salário na Fiat (operação de processo industrial) é de R$ 932,60. Nas indústrias do entorno, o salário varia, em média, de R$ 400, nas menores, a R$ 750, nas maiores.
As exportações ditaram o rumo do crescimento na Fiat. De acordo com a montadora, elas cresceram 125% no primeiro semestre -foram pouco mais de 13 mil veículos exportados no mesmo período de 2003, contra 30.162 neste ano.
As vendas no mercado interno cresceram 3,2%. Somada com as exportações, a produção aumentou 21,1% em relação ao mesmo período de 2003.


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