São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2004

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Para oposição, alta do PIB "não é espetáculo"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A oposição ao governo minimizou o resultado do PIB divulgado ontem. Em nota, o PSDB afirma que há manipulação na divulgação dos dados com intuito eleitoral. "A economia teve um crescimento de 4,2% nos primeiros seis meses deste ano, anuncia o governo. Essa é a maior taxa de crescimento do PIB desde o primeiro dia do governo Lula, deveria anunciar o PT", diz o documento.
"Os dados apresentados pelo IBGE sobre o crescimento do PIB indicam que o crescimento da economia não é nenhum espetáculo como pretende o governo apresentar", diz a nota.
Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, considerou positivo o desempenho da economia brasileira no primeiro semestre. "Esse crescimento é conseqüência da consolidação da estabilidade macroeconômica", disse Appy, em Brasília, logo depois da divulgação dos dados feita pelo IBGE.
Durante discurso feito em seminário organizado pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), o secretário disse ainda que "a situação não é tão confortável" quanto o governo gostaria, e que são necessários maiores investimentos, especialmente do setor privado.
Presente ao mesmo evento, o deputado federal Delfim Netto (PP-SP) criticou a atuação do Banco Central, que, nos últimos meses, tem sinalizado que poderá elevar os juros para conter pressões inflacionárias. "O Banco Central é um terrorista", disse.
Senadores e deputados governistas disseram que a alta do PIB nos seis primeiros deste ano mostra que a política econômica adotada pelo governo está no caminho certo. Eles aproveitaram para cobrar a votação da PPP (Parceria Público-Privada), parado no Senado desde março, para gerar investimentos em infra-estrutura.
"Vamos ter continuidade no segundo semestre. Mesmo que não haja crescimento no período vamos ter crescido 3,9% no acumulado do ano", disse o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Paulo Bernardo (PT-PR).


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