São Paulo, terça-feira, 01 de outubro de 2002

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Frankfurt recua 36% no trimestre

DA REDAÇÃO

As principais Bolsas européias encerraram o trimestre com perdas ainda maiores do que as vistas nos EUA. A Bolsa de Frankfurt passou pelos piores três meses em mais de 40 anos.
O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, caiu 5,13% no pregão de ontem e esteve perto de encerrar no nível mais baixo em seis anos. Nos últimos três meses, a Bolsa alemã encolheu 36%.
Paris também teve um desempenho sofrível no trimestre passado, ao cair 28,7%. Ontem o índice CAC recuou 5,87%, amargando um tombo de 17% no mês. Desde o começo do ano, a Bolsa parisiense perdeu 40% de seu valor.
"Ninguém quer saber de comprar ações. Nada vai acontecer até que tenhamos sinais de aumento nos lucros das empresas", afirmou Ian Harnett, estrategista do banco UBS Warburg. "No momento, ninguém ousa apostar numa recuperação econômica."
A Bolsa de Londres perdeu um quinto de seu valor no trimestre, depois de encerrar o último dia do mês em queda de 4,74%. O índice FTSE Eurotop das 300 principais companhias européias caiu 4,8% no pregão de ontem e fechou o trimestre com queda de 14,5%. No ano, o índice já encolheu 47%.
As ações de empresas de seguro e de bancos foram as mais atingidas. A estagnação na economia mundial e os fracos resultados das empresas elevam a probabilidade de calotes e falências, o que afetaria o caixa do setor financeiro.
O setor de alta tecnologia, o que mais perdeu desde o começo do ano, também continua em queda, porque as perspectivas são de vendas fracas nos próximos meses. O índice europeu das ações das empresas de informática e telecomunicações recuou 7%.
A sueca Ericsson informou que espera uma queda nas vendas e viu suas ações despencarem 14%. A France Telecom caiu 12%, e a Deustche Telekon cedeu 10%.
O Wilshire 5.000, índice norte-americano que inclui praticamente todas as ações negociadas nos EUA, caiu 17% no trimestre. Isso significa que as companhias de capital aberto perderam US$ 1,9 trilhão de seu valor de mercado no período, ou US$ 7.000 para cada cidadão norte-americano.


Com agências internacionais


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