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Setor de trigo combate necessidade
de inclusão de fécula em massas
DA REPORTAGEM LOCAL
A inclusão de fécula de mandioca nas massas para pães e macarrão causou revolta no setor produtor e transformador de trigo.
O principal problema para eles, porém, é a obrigatoriedade da mistura.
Para o Sindicato das Indústrias de Trigo de São Paulo, é "inconstitucional" uma lei que os obrigue a incluir a fécula na farinha de trigo para a fabricação de massas.
Segundo os representantes do sindicato, os panificadores e as fábricas de massas devem ser livres para adotar ou não a mistura.
Apesar de rebater as críticas do setor de trigo, a Abam (Associação Brasileira de Amido de Mandioca) reconhece que a lei proposta pelo deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) precisa de ajustes.
Para o setor mandioqueiro, é preciso garantir a oferta de todos os tipos de mistura, desde a pura -sem fécula- até as com mais de 40% de adição.
A proporção de 10% seria obtida na média total de misturas para pães e massas produzidas no país.
Produção x demanda
Outra crítica dos triticultores é que a produção nacional de mandioca não seria suficiente para atender ao aumento na demanda, após a eventual aprovação da lei.
Segundo cálculos da Abam, com a lei, o setor mandioqueiro ficaria responsável por suprir o mercado com 750 mil toneladas anualmente para as misturas com a farinha de trigo.
Essa responsabilidade, entretanto, não seria imediata, mas implantada aos poucos, até 2006.
As misturas, ainda segundo a Abam, beneficiariam o próprio setor tritícola, pois a fécula substituiria 1 milhão de toneladas de trigo importado -cujo preço fica sujeito às oscilações do dólar e do mercado internacional.
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