DA SUCURSAL DO RIO

Formada pela soma dos gastos com a compra de máquinas e equipamentos e na construção civil em relação ao PIB, a taxa de investimento deve crescer nos próximos trimestres, apesar do recuo registrado no segundo trimestre em comparação com os três meses imediatamente anteriores.
A avaliação de especialistas ouvidos pela Folha é a de que a construção civil, cujo peso é de 60% no total dos investimentos, iniciou apenas agora sua recuperação e dará sustentação ao crescimento da taxa nos próximos trimestres.
Embora não faça previsões, o próprio IBGE ressalta a reação da construção civil. Roberto Olinto, gerente da Coordenação de Contas Nacionais, afirmou que seu peso é grande e que só neste ano o setor começou a dar sinais de recuperação.
"Não vamos chegar a 24% ou 25% de uma hora para outra. É um processo lento", disse Olinto.
Para Alex Agostini, economista da consultoria Global Invest, a tendência futura da taxa de investimentos é de expansão, ainda que não contínua. "Pode até cair num trimestre ou no outro, mas a curva é de crescimento", afirmou.
Na visão dele, o fato de a taxa de poupança estar aumentado indica que, no futuro, ela se converterá em investimento.
Em geral, as taxas de poupança e investimento caminham juntas, em níveis muito próximos. Nos dois últimos trimestres, porém, houve um descolamento. A razão foi o expressivo saldo na balança de bens e serviços registrado no segundo trimestre. O superávit foi de 23,5 bilhões, como resultado de exportações no valor de R$ 81,5 bilhões e importações de R$ 58,1 bilhões.

Investimento estrangeiro
Um dado negativo, no entanto, é a retração dos investimentos estrangeiros diretos, que recuaram de R$ 4,6 bilhões no segundo trimestre de 2003 para R$ 4,1 bilhões em igual período de 2004.
Já no primeiro semestre, o investimento estrangeiro subiu. Foi de R$ 11,9 bilhões, contra 11,5 bilhões no mesmo período de 2003.


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