|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Taxas futuras sobem pouco na BM&F, apesar de tom pessimista de documento do Banco Central
Estimativa de inflação maior não afeta juro
DA REPORTAGEM LOCAL
A pressão negativa do relatório
trimestral de inflação do Banco
Central sobre as taxas futuras de
juros acabou não sendo tão forte
quanto parecia no início dos negócios de ontem. As projeções futuras subiram, mas pouco, em
resposta ao relatório.
O documento apresentado pelo
BC trouxe projeções mais pessimistas em relação à inflação futura. Para melhorar esse cenário, o
mercado acredita que novas elevações na taxa básica de juros virão. A expectativa das instituições
financeiras é a de que a taxa básica
(Selic) esteja em torno dos 17% no
fim do ano. Hoje, a Selic está em
16,25% anuais.
No contrato DI (que acompanha a oscilação dos juros praticados entre os bancos) com prazo
de resgate em abril, o mais negociado no pregão da BM&F, a taxa
foi de 17,03% para 17,08%.
O que analistas financeiros se
perguntam é se o BC irá ou não
intervir no mercado de câmbio,
comprando dólares para recompor suas reservas. Como o atual
patamar da moeda ainda não tem
tido reflexos negativos sobre o desempenho da balança comercial,
o BC não deve intervir neste momento, avaliam, e vai aproveitar o
benefício que o dólar em níveis
mais baixos traz para a inflação,
sua maior preocupação.
A moeda encerrou o mês de setembro em baixa de 2,36%. Ontem, terminou os negócios vendida a R$ 2,86, nível que mantinha
no fim de janeiro. No ano, o dólar
tem baixa de 1,45%.
Apenas se as captações externas
começarem a crescer muito o BC
poderia começar a comprar moeda diretamente no mercado, pois
assim não a pressionaria muito.
A previsão é que não haja muita
pressão sobre a moeda neste ano.
Os contratos de câmbio negociados na BM&F fecharam ontem
projetando o dólar em R$ 2,92 para dezembro.
Bolsa
Com a alta de 1,94% registrada
em setembro, a Bovespa passou a
acumular ganho de 4,54% no ano.
"Acredito que a Bolsa siga em
trajetória de alta, refletindo o melhor desempenho da economia,
mas sem grandes arrancadas",
afirma Luiz Antônio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner.
No pregão de ontem, as ações
da Net lideraram as altas, ao fechar com ganho de 3,5%, embaladas por informações sobre a reestruturação da empresa.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Cópia legal Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|