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Ex-ministro Galvêas diz assunto "já morreu"
da Reportagem Local
O ex-ministro da Fazenda Ernane Galvêas, 75, diz que o caso Coroa-Brastel já morreu. "Foi uma
tremenda sacanagem o que fizeram comigo e com o Delfim", diz.
"Fomos colocados como participantes de uma trama. É uma
mentira. Não houve desvio. Os recursos foram usados a critério do
Banco Central. Foi um negócio legítimo, ninguém teve prejuízo."
Galvêas hoje é consultor da Confederação Nacional do Comércio e
membro do Conselho de Administração da Aracruz Celulose.
Ele diz que "ninguém forçou
ninguém a comprar a corretora
Laureano". "A verdade é que
Paim exorbitou, comprou demais". Para Galvêas, houve uma
operação normal da Caixa Econômica Federal, que emprestou ao
grupo Coroa-Brastel para pagar
dívidas da corretora com o Banco
do Brasil, o Banespa e o Meridional.
O ex-ministro do Planejamento
Delfim Netto diz que Assis Paim
Cunha, "depois do choque, passou a inventar coisas".
"Ele perdeu a cabeça e emitiu
papéis falsos", diz o ex-ministro.
Delfim diz que não recebeu nenhum pedido do general Golbery
do Couto e Silva para socorrer a
corretora Laureano.
"Golbery era uma espécie de
mito ao qual todo mundo procurava se agarrar quando havia qualquer problema", diz.
"Nós agimos com firmeza.
Quando tomei conhecimento das
irregularidades, fiz a intervenção
em 48 horas", diz o ex-presidente
do BC, Carlos Geraldo Langoni,
53. "Tenho absoluta consciência
de que tudo foi feito de forma correta", diz. Ele nega ter sido pressionado por Golbery e diz que a
Laureano não recebeu um centavo
do BC durante sua gestão.
(FV)
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