São Paulo, quinta, 1 de outubro de 1998

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Ex-ministro Galvêas diz assunto "já morreu"

da Reportagem Local

O ex-ministro da Fazenda Ernane Galvêas, 75, diz que o caso Coroa-Brastel já morreu. "Foi uma tremenda sacanagem o que fizeram comigo e com o Delfim", diz.
"Fomos colocados como participantes de uma trama. É uma mentira. Não houve desvio. Os recursos foram usados a critério do Banco Central. Foi um negócio legítimo, ninguém teve prejuízo."
Galvêas hoje é consultor da Confederação Nacional do Comércio e membro do Conselho de Administração da Aracruz Celulose.
Ele diz que "ninguém forçou ninguém a comprar a corretora Laureano". "A verdade é que Paim exorbitou, comprou demais". Para Galvêas, houve uma operação normal da Caixa Econômica Federal, que emprestou ao grupo Coroa-Brastel para pagar dívidas da corretora com o Banco do Brasil, o Banespa e o Meridional.
O ex-ministro do Planejamento Delfim Netto diz que Assis Paim Cunha, "depois do choque, passou a inventar coisas".
"Ele perdeu a cabeça e emitiu papéis falsos", diz o ex-ministro.
Delfim diz que não recebeu nenhum pedido do general Golbery do Couto e Silva para socorrer a corretora Laureano.
"Golbery era uma espécie de mito ao qual todo mundo procurava se agarrar quando havia qualquer problema", diz.
"Nós agimos com firmeza. Quando tomei conhecimento das irregularidades, fiz a intervenção em 48 horas", diz o ex-presidente do BC, Carlos Geraldo Langoni, 53. "Tenho absoluta consciência de que tudo foi feito de forma correta", diz. Ele nega ter sido pressionado por Golbery e diz que a Laureano não recebeu um centavo do BC durante sua gestão. (FV)



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