São Paulo, sexta-feira, 01 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa sobe 0,98%, fecha a 10.167 pontos e gira R$ 672,3 mi; juros futuros caem, apesar do IGP-M

Bolsa se mantém acima dos 10 mil pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou a tranquilidade de outros mercados e teve alta de 0,98% ontem. Fechou por dois dias seguidos acima dos 10 mil pontos -em 10.167, o que não acontecia há um mês e meio.
O giro financeiro ficou dentro da média diária dos últimos meses. Os negócios movimentaram R$ 672,319 milhões.
Em outubro, o Ibovespa, índice que reúne as 55 ações mais negociadas no pregão paulista, acumulou alta de 17,9%. Os ganhos acumulados no período foram os maiores desde dezembro de 1999.
A Bolsa, assim como outros indicadores financeiros, após iniciar a semana com fortes perdas, se recuperou nos dois últimos pregões.
A sinalização, segundo operadores, é que o mercado resolveu dar um voto de confiança ao PT, após ter exagerado na depreciação dos indicadores por conta de más expectativas em relação ao governo do partido.
Por outro lado, ações consideradas como de primeira linha estão com preços muito baixos e atrativos. Passado o temor exagerado em relação ao futuro, os investidores voltaram a avaliar que há boas opções de compra de ações no país.
As ações preferenciais da Net (antiga Globo Cabo) voltaram a liderar as baixas. O papel caiu 7,1% e fechou valendo R$ 0,26.
A maior alta do dia foi Celesc PNB, que subiu 6,1%. Em seguida veio CRT Celular PNA, com alta de 5,8%.
As ações de bancos continuaram em alta. Itaú PN teve valorização de 3,5% e Bradesco PN registrou ganho de 0,94%.
Os papéis têm se beneficiado das recentes altas dos C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira. O papel subiu mais 2,8%. A ação preferencial da Petrobras teve alta de 1,83%.

BM&F
As projeções para os juros futuros tiveram leve queda, apesar da divulgação do IGP-M, no final da tarde da quarta-feira.
A inflação de outubro, medida pelo índice, ficou em 3,87%, segundo a FGV. A taxa é a maior desde agosto de 1994.
Os contratos para os juros de janeiro do ano que vem, os mais negociados, passaram de 23,20% na quarta-feira para 23,10% ontem. O mercado não espera nova alta da Selic, que está em 21% ao ano.


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