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MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa sobe 0,98%, fecha a 10.167 pontos e gira R$ 672,3 mi; juros futuros caem, apesar do IGP-M
Bolsa se mantém acima dos 10 mil pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
acompanhou a tranquilidade de
outros mercados e teve alta de
0,98% ontem. Fechou por dois
dias seguidos acima dos 10 mil
pontos -em 10.167, o que não
acontecia há um mês e meio.
O giro financeiro ficou dentro
da média diária dos últimos meses. Os negócios movimentaram
R$ 672,319 milhões.
Em outubro, o Ibovespa, índice
que reúne as 55 ações mais negociadas no pregão paulista, acumulou alta de 17,9%. Os ganhos
acumulados no período foram os
maiores desde dezembro de 1999.
A Bolsa, assim como outros indicadores financeiros, após iniciar a semana com fortes perdas,
se recuperou nos dois últimos
pregões.
A sinalização, segundo operadores, é que o mercado resolveu
dar um voto de confiança ao PT,
após ter exagerado na depreciação dos indicadores por conta de
más expectativas em relação ao
governo do partido.
Por outro lado, ações consideradas como de primeira linha estão
com preços muito baixos e atrativos. Passado o temor exagerado
em relação ao futuro, os investidores voltaram a avaliar que há
boas opções de compra de ações
no país.
As ações preferenciais da Net
(antiga Globo Cabo) voltaram a
liderar as baixas. O papel caiu
7,1% e fechou valendo R$ 0,26.
A maior alta do dia foi Celesc
PNB, que subiu 6,1%. Em seguida
veio CRT Celular PNA, com alta
de 5,8%.
As ações de bancos continuaram em alta. Itaú PN teve valorização de 3,5% e Bradesco PN registrou ganho de 0,94%.
Os papéis têm se beneficiado
das recentes altas dos C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira.
O papel subiu mais 2,8%. A ação
preferencial da Petrobras teve alta
de 1,83%.
BM&F
As projeções para os juros futuros tiveram leve queda, apesar da
divulgação do IGP-M, no final da
tarde da quarta-feira.
A inflação de outubro, medida
pelo índice, ficou em 3,87%, segundo a FGV. A taxa é a maior
desde agosto de 1994.
Os contratos para os juros de janeiro do ano que vem, os mais negociados, passaram de 23,20% na
quarta-feira para 23,10% ontem.
O mercado não espera nova alta
da Selic, que está em 21% ao ano.
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