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São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2003

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ENERGIA

Subsidiárias no país têm dívidas

Petrobras enfrenta aperto na Argentina

PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

Terceira maior empresa da Argentina, a Petrobras tem enfrentado dificuldades no país. Duas empresas nas quais tem participação enfrentam dificuldades.
Maior companhia de transmissão de energia na Argentina, a Transener tem de ser vendida, mas não aparecem compradores. A venda foi uma exigência do governo argentino para aprovar a compra da gigante petrolífera Pecom (Pérez Companc) em 2002.
O problema é que as tarifas públicas estão congeladas na Argentina desde janeiro de 2002, sem perspectivas de aumento a curto prazo, o que afasta compradores. E a empresa está em "default" (moratória), com dívidas atrasadas de US$ 400 milhões.
Já a TGS, principal transportadora e processadora de gás natural do país, tem dívidas vencidas no valor de US$ 1 bilhão. Nos dois casos, o motivo do "default" foi a desvalorização do peso, diz o presidente da Petrobras Energia (ex-Pecom), Alberto Guimarães.
Ele ressalta que o fato de a Argentina não ter ainda conseguido um acordo com os credores desde que entrou em moratória dificulta a renegociação dos débitos da TGS (sociedade entre a Petrobras e a concordatária norte-americana Enron) e da Transener.
Na Argentina desde 1993, a Petrobras teve um faturamento de 5,7 bilhões de pesos (quase o mesmo valor em reais) em 2002. A cifra considera duas empresas controladas nesse país: a Petrobras Argentina e a Petrobras Energia.
Com o objetivo de consolidar o posto e obter o segundo lugar em venda de combustíveis, a estatal brasileira investirá US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. Para chegar ao segundo lugar na distribuição e firmar a marca na Argentina, ela gastará neste ano 30 milhões de pesos em marketing.


O jornalista Pedro Soares viajou a convite da Petrobras


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