|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENERGIA
Subsidiárias no país têm dívidas
Petrobras enfrenta aperto na Argentina
PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES
Terceira maior empresa da Argentina, a Petrobras tem enfrentado dificuldades no país. Duas
empresas nas quais tem participação enfrentam dificuldades.
Maior companhia de transmissão de energia na Argentina, a
Transener tem de ser vendida,
mas não aparecem compradores.
A venda foi uma exigência do governo argentino para aprovar a
compra da gigante petrolífera Pecom (Pérez Companc) em 2002.
O problema é que as tarifas públicas estão congeladas na Argentina desde janeiro de 2002, sem
perspectivas de aumento a curto
prazo, o que afasta compradores.
E a empresa está em "default"
(moratória), com dívidas atrasadas de US$ 400 milhões.
Já a TGS, principal transportadora e processadora de gás natural do país, tem dívidas vencidas
no valor de US$ 1 bilhão. Nos dois
casos, o motivo do "default" foi a
desvalorização do peso, diz o presidente da Petrobras Energia (ex-Pecom), Alberto Guimarães.
Ele ressalta que o fato de a Argentina não ter ainda conseguido
um acordo com os credores desde
que entrou em moratória dificulta a renegociação dos débitos da
TGS (sociedade entre a Petrobras
e a concordatária norte-americana Enron) e da Transener.
Na Argentina desde 1993, a Petrobras teve um faturamento de
5,7 bilhões de pesos (quase o mesmo valor em reais) em 2002. A cifra considera duas empresas controladas nesse país: a Petrobras
Argentina e a Petrobras Energia.
Com o objetivo de consolidar o
posto e obter o segundo lugar em
venda de combustíveis, a estatal
brasileira investirá US$ 1 bilhão
nos próximos cinco anos. Para
chegar ao segundo lugar na distribuição e firmar a marca na Argentina, ela gastará neste ano 30
milhões de pesos em marketing.
O jornalista Pedro Soares viajou
a convite da Petrobras
Texto Anterior: Ministro defende fusão de empresas Próximo Texto: Trabalho: Ford e Toyota vão conceder aumento real para 5.400 Índice
|