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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Rio e SP convocam Fórum de Energia para pressionar Petrobras
Os governos dos Estados do
Rio e de São Paulo vão convocar
uma reunião extraordinária do
Fórum Nacional de Energia,
que reúne todos os secretários
estaduais do setor, nos próximos dias, para discutir a decisão da Petrobras de cortar o
fornecimento do gás para os
dois Estados.
A decisão foi tomada ontem
numa conversa entre Júlio
Bueno, secretário de Desenvolvimento do Rio e presidente do
Fórum Nacional de Energia, e
Dilma Pena, secretária de
Energia de São Paulo.
Os dois vão defender mais
transparência da Petrobras e
questionar a decisão de só os
dois Estados, São Paulo e Rio,
terem sofrido cortes de fornecimento do gás natural.
"Por que só o Rio e São Paulo
têm que sofrer se o sistema é
integrado?", questiona Júlio
Bueno.
O objetivo dos dois secretários ao convocar a reunião do
Fórum Nacional de Energia é
promover uma pressão política
junto ao governo federal para
convencer a Petrobras de discutir com os Estados outras alternativas para contornar o
problema de escassez de gás
natural.
"A Petrobras não pode tomar
decisões unilaterais como essa", disse Dilma Pena.
Para Júlio Bueno, a Petrobras tinha outras alternativas,
como a de acionar as usinas termelétricas movidas a óleo combustível no lugar das térmicas a
gás natural. Enquanto falta gás
natural, sobra óleo combustível.
Segundo ele, a estatal só não
adotou essa alternativa por
motivos políticos. Durante a
campanha eleitoral de 2002, o
então candidato Luiz Inácio
Lula da Silva e o PT centraram
muitas críticas ao plano emergencial de termelétricas a óleo
combustível do governo Fernando Henrique Cardoso.
"O PT tem uma enorme dificuldade de defender as térmicas a óleo combustível. As térmicas a gás não são do PT e nem tampouco as térmicas a óleo
são do PSDB. A eletricidade
tem que ser suprapartidária",
diz Júlio Bueno.
O maior receio dos dois Estados, no entanto, é o racionamento de gás natural imposto
pela Petrobras afetar as decisões de investimento das empresas a médio e longo prazos.
"Uma decisão como essa cria
um ambiente de incerteza e de
insegurança e pode afetar os investimentos", diz Dilma Pena.
AZEDOU
O lançamento de ações da
Parmalat ontem ficou US$
300 milhões abaixo do esperado por acionistas. A previsão era atingir US$ 580 milhões, mas não passou de
US$ 280 milhões. A crise do
leite azedou os planos da
Laep, dona da Parmalat.
DISPUTA
A G2, agência do grupo
MatosGrey, venceu a concorrência pela marca Oral B,
da Procter&Gamble. A agência será responsável pelo
trabalho de ponto-de-venda
e ativação de marca. Participaram da disputa Future
Group, Mix e BGK.
REVOLUÇÃO DOMÉSTICA
Pela primeira vez, as vendas de "notebooks" para o segmento doméstico (pessoas físicas) superaram as do mercado corporativo. O dado faz parte de estudo que a Abinee
(Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica)
divulga hoje.
análise
Decisão do Fed mostra erro do BC, diz Austin
A decisão do Fed (o banco
central americano) de reduzir a taxa de juros em mais
0,25 ponto percentual para
4,5% ao ano ficou dentro das
expectativas do mercado. O
corte era esperado e derrubou ainda mais a taxa de
câmbio, que segue "ladeira
abaixo". A análise é do economista Alex Agostini, da
consultoria Austin Rating.
"Esse quadro apenas confirma que o Copom e o Banco
Central erraram ao manter a
taxa de juro inalterada na última reunião, pois praticamente perpetua os ganhos
com arbitragem devido ao
enorme diferencial entre a
taxa de juro real do Brasil e
os "treasuries" [títulos americanos]", afirma Agostini.
Mesmo assim, o economista diz acreditar que o BC
dificilmente reduzirá a taxa
de juros em dezembro. "Seria um reconhecimento claro
de que errou na reunião de
setembro", diz.
A expectativa do retorno
do ciclo de queda da Selic, esperado para março ou abril,
para Agostini, pode ser antecipado para janeiro.
"Esse é um cenário que deve se concretizar ao longo de
novembro e meados de dezembro conforme os índices
de inflação e expectativa futura apontem para comportamento dentro da meta."
Top of Mind estréia prêmio
de preservação do ambiente
Em festa comandada por
Marília Gabriela e Eduardo
Moscovis, no Tom Brasil - Nações Unidas, em São Paulo, a
entrega do prêmio Folha Top
of Mind reuniu 900 pessoas,
entre representantes das marcas e das agências de publicidade. Foram entregues 55 troféus, incluindo os empates.
A 17ª edição do prêmio foi
baseada em pesquisa Datafolha
com 5.541 moradores de todos
os Estados do país para identificar as marcas mais lembradas
pelos brasileiros. O Top do Top
(prêmio principal) foi dividido
por Omo e Coca-Cola.
"Vemos o prêmio como um
combustível, e não como algo
que faça com que a gente se
acomode", disse Priya Patel, diretora de marketing da área de
higiene e limpeza da Unilever.
"Esse é o prêmio mais legal
do ano. Quando a gente vê que
recebeu de novo o reconhecimento máximo do consumidor, percebe que fez o que tinha de fazer", resumiu Ricardo Fort, diretor de marketing da
Coca-Cola Brasil.
A novidade deste ano foi o
Top Preservação do Meio Ambiente, que estreou com empate entre Ypê, Natura, Ibama e
Greenpeace. "É uma satisfação
ver que a sociedade está ligando a questão [do ambiente] à
marca Natura. É um pilar importante do nosso trabalho",
afirmou Andréa Sanches, diretora da marca.
"Aumenta a nossa responsabilidade de fazer jus à confiança que as pessoas depositaram
em nossa marca", disse Waldir
Beira Junior, diretor da Química Amparo, dona da Ypê. Para
Roberto Messias Franco, presidente substituto do Ibama, as
citações ao órgão foram uma
"ótima surpresa". "Se as pessoas nos identificaram com essa causa, temos a obrigação de
não decepcioná-las."
Clelia Maury, diretora de
marketing e captação de recursos do Greenpeace, disse que o
prêmio foi um "reconhecimento da sociedade", já que a ONG
não paga por publicidade.
UM PRÊMIO PARA DUAS:
BRASTEMP E CAIXA DIVIDEM TOP PERFORMANCE 2007
O prêmio Top Performance foi repartido entre Brastemp e
Caixa Econômica Federal. "É um sinal de que o consumidor
tem mesmo a nossa marca gravada na cabeça", disse o gerente nacional do produto poupança da Caixa, José Renato Borba. A Brastemp, controlada pela norte-americana Whirlpool Corporation, também levou o Top Classe A. "Ganhar neste ano mostrou que a linha de comunicação, ousada e diferente, funcionou. Quisemos convidar as pessoas para uma mudança de comportamento", comemorou Jerome Cadier,
diretor de marketing da Whirlpool para a marca Brastemp.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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