São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008

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Para sindicato, Vale pressiona trabalhadores

DA AGÊNCIA FOLHA

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Extrativa de Ferro e Metais Básicos de Itabira (MG), que representa cerca de 3.500 trabalhadores diretos da Vale, Paulo Soares da Silva, disse que a empresa aproveita a crise mundial para "criar fantasmas" e forçar trabalhadores a aceitar a proposta de não elevar o valor do pagamento por resultados.
Ele disse que a paralisação das atividades em pelo menos três locais em Minas Gerais não precisava ter sido feita a pretexto da crise porque as unidades deveriam ter sido paralisadas para manutenção e abertura de frentes de mineração.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que a paralisação das minas de Jangada e Córrego do Feijão, em Brumadinho (região metropolitana de BH), e Gongo Soco, em Barão de Cocais (93 km de BH), ocorre, pois elas têm maior custo e minérios de qualidade inferior.
Agnelli disse que o momento seria aproveitado para "antecipar a manutenção" nas minas. Nelas trabalham cerca de 2.500 pessoas, mas as férias não atingiriam todos os funcionários.
A assessoria da Vale em BH não disse se mais unidades serão paralisadas -unidades de pelotização poderão ser atingidas, como conseqüência.
Na divisa do Amapá com o Pará, a redução em 30% da produção de caulim da Vale provocará o desligamento de 79 trabalhadores, de acordo com o Sindicato das Minerações do Vale do Jari, no Amapá.
O presidente do sindicato, Oto dos Santos Belmiro, disse que a Vale deverá transferir os trabalhadores para a extração de níquel na região de Parauapebas (PA) e outros projetos.
A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), disse que, mesmo com a diminuição da produção de minério de ferro, a Vale não deve parar ou frear projetos no Estado. De acordo com Ana Júlia, há um compromisso, firmado por Roger Agnelli, de não realizar mais cortes. (PAULO PEIXOTO, PABLO SOLANO e JOÃO CARLOS MAGALHÃES)


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