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Para sindicato, Vale pressiona trabalhadores
DA AGÊNCIA FOLHA
O presidente do Sindicato
dos Trabalhadores na Indústria Extrativa de Ferro e Metais
Básicos de Itabira (MG), que
representa cerca de 3.500 trabalhadores diretos da Vale,
Paulo Soares da Silva, disse que
a empresa aproveita a crise
mundial para "criar fantasmas"
e forçar trabalhadores a aceitar
a proposta de não elevar o valor
do pagamento por resultados.
Ele disse que a paralisação
das atividades em pelo menos
três locais em Minas Gerais não
precisava ter sido feita a pretexto da crise porque as unidades deveriam ter sido paralisadas para manutenção e abertura de frentes de mineração.
O presidente da Vale, Roger
Agnelli, disse que a paralisação
das minas de Jangada e Córrego do Feijão, em Brumadinho
(região metropolitana de BH),
e Gongo Soco, em Barão de Cocais (93 km de BH), ocorre, pois
elas têm maior custo e minérios de qualidade inferior.
Agnelli disse que o momento
seria aproveitado para "antecipar a manutenção" nas minas.
Nelas trabalham cerca de 2.500
pessoas, mas as férias não atingiriam todos os funcionários.
A assessoria da Vale em BH
não disse se mais unidades serão paralisadas -unidades de
pelotização poderão ser atingidas, como conseqüência.
Na divisa do Amapá com o
Pará, a redução em 30% da produção de caulim da Vale provocará o desligamento de 79 trabalhadores, de acordo com o
Sindicato das Minerações do
Vale do Jari, no Amapá.
O presidente do sindicato,
Oto dos Santos Belmiro, disse
que a Vale deverá transferir os
trabalhadores para a extração
de níquel na região de Parauapebas (PA) e outros projetos.
A governadora do Pará, Ana
Júlia Carepa (PT), disse que,
mesmo com a diminuição da
produção de minério de ferro, a
Vale não deve parar ou frear
projetos no Estado. De acordo
com Ana Júlia, há um compromisso, firmado por Roger Agnelli, de não realizar mais cortes.
(PAULO PEIXOTO, PABLO SOLANO e JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
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