São Paulo, domingo, 01 de dezembro de 2002

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Juros só caem com redução do spread bancário

DA REPORTAGEM LOCAL

A redução do spread bancário - a diferença entre as taxas de juro que o banco paga na captação de recursos e a que cobra quando empresta dinheiro- é o caminho para que o país tenha, no futuro, juros civilizados.
Essa é, em síntese, a posição da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), segundo o presidente da comissão de economia da entidade, Octavio de Barros.
Segundo dados do Banco Central, o spread geral do sistema bancário chegou a 39,7% em outubro. "O spread é alto, pois a taxa básica, que é o custo de oportunidade das instituições financeiras, é alta", diz Barros.
Uma das questões que afetam o spread bancário, segundo Barros, é a inadimplência elevada. Dados do BC mostram que a inadimplência chegou a 12,5% do total do crédito concedido no sistema bancário, em outubro deste ano. "A inadimplência explica um terço do spread", diz Barros.
No entanto, atraso de pagamento não significa, necessariamente, calote. "Os devedores renegociam e acabam pagando, por isso a insolvência é baixa", diz Alberto Borges Matias, da ABM Consulting. Segundo o indicador de insolvência da ABM apenas 5,82% do total de empréstimos bancários não são pagos.


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