DA REPORTAGEM LOCAL

Para uma pessoa altamente disciplinada, um plano de previdência privada pode não ser a melhor alternativa dentre os vários produtos oferecidos no mercado pelas instituições financeiras.
Uma das principais desvantagens apontadas por analistas nos planos de previdência privada são as taxas elevadas de administração e carregamento que incidem sobre o produto.
"Os rendimentos médios de um fundo de previdência e de um de renda fixa são próximos. Os títulos que os compõem são basicamente os mesmos, por isso as taxas de administração deveriam ser mais levadas em conta pelas pessoas na hora de optar por uma forma de investimento", afirma William Eid Júnior, coordenador do centro de estudos em finanças da Fundação Getúlio Vargas-SP.
O analista da consultoria Global Invest, Fernando Bau, explica que a taxa média de administração de um plano de previdência gira em torno de 4%, enquanto em um fundo DI é de cerca de 1%.
Como vantagem, os planos de previdência dão a possibilidade de o investidor diferir o pagamento de IR (Imposto de Renda). No caso do PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), o investimento pode ser deduzido nas declarações anuais até o limite de 12% da renda bruta tributável. Mas só há vantagem para quem faz a declaração completa do IR.
Para quem não se enquadra nesse padrão, o mercado criou, há cerca de um ano, o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), que é um plano destinado a garantir uma renda na aposentadoria para trabalhadores da economia informal, profissionais liberais e contribuintes que fazem a declaração simplificada de IR.
"Por que a pessoa não pega 10% de sua renda e monta uma poupança para o futuro? Ela só guarda se sobrar algo ou se se sentir obrigada, como em um plano de previdência", diz Eid Júnior.
Apesar do aumento, os fundos de previdência ainda representam uma parcela pequena (pouco mais de 4%) de toda a indústria de fundos. (FV E JAD)



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