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ANOS DIFÍCEIS
Para o órgão, pobreza cresceu desde 1998
Em crise, latinos têm nova "década perdida", afirma diretor da Cepal
DA REDAÇÃO
Os últimos cinco anos equivaleram a "outra década perdida" para a América Latina, região marcada por crises generalizadas no
período de 1998 e 2002, na avaliação da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe).
Segundo afirmou Rolando
Franco, diretor da divisão de desenvolvimento social da Cepal e
da ONU (Organização das Nações
Unidas), entre 1990 e 1997 houve
expansão e avanço na redução da
pobreza na região, mas as crises
posteriores "fizeram os países
perder as ilusões".
As declarações foram dadas pelo funcionário da Cepal à agência
de notícias Efe, durante visita do
representante à capital do México
na semana passada.
Na avaliação do diretor, os mais
afetados foram as crianças e os
adolescentes que vivem na região.
Ele informa que, de 1998 a 2002,
o número de latinos pobres na
América Latina aumentou de 200
milhões para 225 milhões de pessoas, sendo que, desse número,
100 milhões são indigentes.
Para ele, a pobreza apenas diminuiu no México, El Salvador, Panamá, Chile e República Dominicana. No entanto, cresceu no Brasil, Uruguai, Equador, Colômbia,
Argentina e Paraguai e se manteve estável na Bolívia, Costa Rica e
Honduras.
Piora
Entre todos os citados, três países estão em situação mais delicada do que em 1990, segundo Franco. São eles Colômbia, Venezuela
e Argentina. O Brasil, disse, é o
país que apresenta a maior desigualdade social na região. O Uruguai, a menor.
A única saída para reverter esse
quadro seria reativar o crescimento econômico na região, mas
estabelecer, ao mesmo tempo,
uma aliança entre políticas econômicas e públicas.
"Se os países não mantêm um
crescimento sólido e sustentável
por um tempo, quando há crise o
que se perde é bem mais do que
aquilo que se poderá recuperar
num ciclo seguinte de reativação
econômica", afirmou. Franco admite, porém, que as políticas sociais de muitos países na região
são corretas e têm produzido um
resultado valioso. "Talvez com a
força e eficiência que queríamos."
Com agências internacionais
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