São Paulo, sábado, 01 de dezembro de 2007

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Recuperação começou, mas ainda é fraca, afirmam especialistas

DA AGÊNCIA FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de registrar alta na taxa de ocupação nos últimos anos e elevação no valor das diárias, a recuperação ainda não é satisfatória, segundo especialistas no setor. Novos empreendimentos só devem começar a aparecer em São Paulo em dois anos.
Para Maurício Bernardino, presidente da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), ainda não é possível "nem pensar em construir".
Novos empreendimentos devem voltar em dois anos, segundo Alexandre Mota, consultor da BSH International. "A demanda está começando a se recuperar", disse.
Hoje o mercado paulista está no limite, de acordo com o diretor do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), André Pousada. "Todo mundo tem consciência de que não faz sentido abrir empreendimentos nos próximos dois anos."
Pousada diz que a saída para os investidores está em outras regiões do país. "As redes hoje estão indo para outros Estados." Segundo ele, até 2010, a previsão é de 200 novos projetos para todo o país. Destes, São Paulo tem apenas "um ou dois". "Depois de 2010, provavelmente São Paulo terá alguma coisa."
O desenvolvimento hoteleiro, como em qualquer outro setor, é cíclico, segundo Abel Aves de Castro Junior, gerente de novos negócios da Accor. Primeiro cai a ocupação, depois caem as diárias. Durante a crise, houve aumento da oferta de unidades hoteleiras que provocou a queda na taxa de ocupação e derrubou as taxas.
Na recuperação do mercado, a ocupação sobe primeiro e é seguida pelo aumento nas taxas, quando as empresas começam a ganhar coragem, segundo Castro Junior. "O próximo passo é subir a diária", disse.
Sem possibilidade de novas aberturas, a saída tem sido reformar unidades antigas. A rede Accor, por exemplo, reinaugura neste mês seu Novotel São Paulo Morumbi. A unidade, que ficou fechada neste ano para a obra, recebeu cerca de R$ 22 milhões em investimentos para a modernização, que abrange a ampliação da área de eventos. Nenhum novo quarto foi construído.
Segundo a pesquisadora Ana Paula Spolon, um segmento que pode movimentar a ocupação dos hotéis na cidade é o turismo de saúde. "Está havendo procura para tratamentos em hospitais como o Albert Einstein e o São Luís." (CA e JC)


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