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Recuperação começou, mas ainda é fraca, afirmam especialistas
DA AGÊNCIA FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de registrar alta na taxa de ocupação nos últimos
anos e elevação no valor das
diárias, a recuperação ainda
não é satisfatória, segundo especialistas no setor. Novos empreendimentos só devem começar a aparecer em São Paulo
em dois anos.
Para Maurício Bernardino,
presidente da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria
Hoteleira), ainda não é possível
"nem pensar em construir".
Novos empreendimentos devem voltar em dois anos, segundo Alexandre Mota, consultor da BSH International. "A
demanda está começando a se
recuperar", disse.
Hoje o mercado paulista está
no limite, de acordo com o diretor do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil),
André Pousada. "Todo mundo
tem consciência de que não faz
sentido abrir empreendimentos nos próximos dois anos."
Pousada diz que a saída para
os investidores está em outras
regiões do país. "As redes hoje
estão indo para outros Estados." Segundo ele, até 2010, a
previsão é de 200 novos projetos para todo o país. Destes, São
Paulo tem apenas "um ou dois".
"Depois de 2010, provavelmente São Paulo terá alguma coisa."
O desenvolvimento hoteleiro, como em qualquer outro setor, é cíclico, segundo Abel Aves
de Castro Junior, gerente de
novos negócios da Accor. Primeiro cai a ocupação, depois
caem as diárias. Durante a crise, houve aumento da oferta de
unidades hoteleiras que provocou a queda na taxa de ocupação e derrubou as taxas.
Na recuperação do mercado,
a ocupação sobe primeiro e é
seguida pelo aumento nas taxas, quando as empresas começam a ganhar coragem, segundo Castro Junior. "O próximo
passo é subir a diária", disse.
Sem possibilidade de novas
aberturas, a saída tem sido reformar unidades antigas. A rede Accor, por exemplo, reinaugura neste mês seu Novotel São
Paulo Morumbi. A unidade,
que ficou fechada neste ano para a obra, recebeu cerca de R$
22 milhões em investimentos
para a modernização, que
abrange a ampliação da área de
eventos. Nenhum novo quarto
foi construído.
Segundo a pesquisadora Ana
Paula Spolon, um segmento
que pode movimentar a ocupação dos hotéis na cidade é o turismo de saúde. "Está havendo
procura para tratamentos em
hospitais como o Albert Einstein e o São Luís."
(CA e JC)
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