São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2004

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Fraude derruba diretor de firma de auditoria

DA REDAÇÃO

O diretor da divisão italiana da empresa de auditoria Grand Thorton, cuja sede fica em Chicago, pediu demissão, após ver seu nome envolvido no escândalo da Parmalat. Outro executivo da firma foi suspenso por tempo indeterminado.
Lorenzo Penca, que era o diretor da auditoria na Itália, foi detido anteontem sob a alegação de que, se permanecesse em liberdade, poderia dificultar os trabalhos de investigação. Maurizio Bianchi também foi detido e acabou sendo suspenso pela Grand Thorton.
Outras cinco pessoas estão sob custódia da polícia italiana, entre elas o fundador do grupo, Calisto Tanzi.
A Grand Thorton começou a auditar as contas da Parmalat em 1990. Em 1999, a firma foi substituída pela Deloitte & Touch, mas continuou sob a responsabilidade da Grand Thornton os balanços da Bonlat, subsidiária da Parmalat nas Ilhas Cayman que está no centro da fraude contábil.
Em um documento, a Parmalat afirmava que a Bonlat tinha 3,95 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) em uma conta no Bank of America. Mas o banco declarou o documento falso e informou que a subsidiária nunca teve nenhuma conta bancária em suas agências.
Com o escândalo, as ações da Parmalat viraram pó e a empresa, sem caixa para os débitos, pediu concordata na semana passada. Para os promotores, a fraude deve superar 10 bilhões, o que a colocaria entre as maiores da Europa. Os promotores italianos solicitaram informações sobre a Parmalat a bancos dos EUA e da América do Sul. Novos interrogatórios devem ocorrer hoje.



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