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Fraude derruba diretor de firma de auditoria
DA REDAÇÃO
O diretor da divisão italiana da empresa de auditoria
Grand Thorton, cuja sede fica em Chicago, pediu demissão, após ver seu nome envolvido no escândalo da Parmalat. Outro executivo da
firma foi suspenso por tempo indeterminado.
Lorenzo Penca, que era o
diretor da auditoria na Itália,
foi detido anteontem sob a
alegação de que, se permanecesse em liberdade, poderia dificultar os trabalhos de
investigação. Maurizio Bianchi também foi detido e acabou sendo suspenso pela
Grand Thorton.
Outras cinco pessoas estão
sob custódia da polícia italiana, entre elas o fundador do
grupo, Calisto Tanzi.
A Grand Thorton começou a auditar as contas da
Parmalat em 1990. Em 1999,
a firma foi substituída pela
Deloitte & Touch, mas continuou sob a responsabilidade da Grand Thornton os
balanços da Bonlat, subsidiária da Parmalat nas Ilhas
Cayman que está no centro
da fraude contábil.
Em um documento, a Parmalat afirmava que a Bonlat
tinha 3,95 bilhões (cerca
de R$ 15 bilhões) em uma
conta no Bank of America.
Mas o banco declarou o documento falso e informou
que a subsidiária nunca teve
nenhuma conta bancária em
suas agências.
Com o escândalo, as ações
da Parmalat viraram pó e a
empresa, sem caixa para os
débitos, pediu concordata
na semana passada. Para os
promotores, a fraude deve
superar 10 bilhões, o que a
colocaria entre as maiores da
Europa. Os promotores italianos solicitaram informações sobre a Parmalat a bancos dos EUA e da América
do Sul. Novos interrogatórios devem ocorrer hoje.
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