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Mantega anuncia corte de emendas ao Orçamento
CÁTIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
Os ministros da Fazenda,
Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, anteciparam ontem a necessidade de
retenção (contingenciamento)
de gastos do Orçamento deste
ano. Na mira, as verbas incluídas por meio de emendas de
parlamentares.
O Orçamento saiu do Congresso cerca de R$ 11 bilhões
mais gordo. Segundo Mantega,
"todo esse acréscimo, ou uma
boa parte dele, terá que ser congelado, contingenciado".
Questionado sobre o risco de
a decisão inviabilizar investimentos, Mantega foi enfático:
"Não. Não vamos contingenciar investimento. Vamos contingenciar emenda. O que a
gente contingencia do Congresso? Emenda. Vamos contingenciar emenda", disse.
Segundo ele, o programa de
aceleração da economia contempla R$ 17,4 bilhões para investimentos. Em razão da coincidência do mês do anúncio do
decreto - em fevereiro - Paulo
Bernardo brincou. "Contingenciamento é igual Carnaval.
Quase todo ano tem", disse ele,
corrigindo-se. "Todo ano tem."
Pelo aceno dos ministros, o
governo repetirá a prática de
todo ano: represar gastos até
confirmação de receita.
Ao descartar a ameaça de o
contingenciamento inibir investimentos, Mantega afirmou
que eles serão contemplados
no pacote que será anunciado
na segunda quinzena do mês,
quando ele e o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva voltarão de
férias. Segundo ele, o pacote será anunciado por volta do dia
21, um domingo.
"A medidas são as mesmas já
aprovadas, consideradas substanciais e eficazes para o objetivo que temos, que é o de acelerar o crescimento".
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