São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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Mantega anuncia corte de emendas ao Orçamento

CÁTIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, anteciparam ontem a necessidade de retenção (contingenciamento) de gastos do Orçamento deste ano. Na mira, as verbas incluídas por meio de emendas de parlamentares.
O Orçamento saiu do Congresso cerca de R$ 11 bilhões mais gordo. Segundo Mantega, "todo esse acréscimo, ou uma boa parte dele, terá que ser congelado, contingenciado".
Questionado sobre o risco de a decisão inviabilizar investimentos, Mantega foi enfático: "Não. Não vamos contingenciar investimento. Vamos contingenciar emenda. O que a gente contingencia do Congresso? Emenda. Vamos contingenciar emenda", disse.
Segundo ele, o programa de aceleração da economia contempla R$ 17,4 bilhões para investimentos. Em razão da coincidência do mês do anúncio do decreto - em fevereiro - Paulo Bernardo brincou. "Contingenciamento é igual Carnaval. Quase todo ano tem", disse ele, corrigindo-se. "Todo ano tem."
Pelo aceno dos ministros, o governo repetirá a prática de todo ano: represar gastos até confirmação de receita.
Ao descartar a ameaça de o contingenciamento inibir investimentos, Mantega afirmou que eles serão contemplados no pacote que será anunciado na segunda quinzena do mês, quando ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltarão de férias. Segundo ele, o pacote será anunciado por volta do dia 21, um domingo.
"A medidas são as mesmas já aprovadas, consideradas substanciais e eficazes para o objetivo que temos, que é o de acelerar o crescimento".


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