São Paulo, Quarta-feira, 02 de Fevereiro de 2000


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Impostos de 72,5% estimulam o contrabando na Argentina

de Buenos Aires

A carga de impostos representa 72,5% do preço dos cigarros na Argentina. Assim como no Brasil, a elevada taxação contribui para que o país enfrente um grande volume de contrabando de cigarro.
Não há números oficiais, mas, segundo as empresas do setor, o produto contrabandeado representa cerca de 12% do mercado argentino de cigarros, que é de, aproximadamente, 40 bilhões de unidades por ano.
Até o ano passado, os tributos cobrados pelo governo representavam 68% do preço final do produto. Mas, em dezembro, o governo aprovou um pacote tributário que, entre outras coisas, elevou a alíquota de um dos impostos que incidem sobre o cigarro de 7% para 21%. Antes desse aumento, o setor de tabaco respondia por uma arrecadação de US$ 2 bilhões ao ano na Argentina.
Depois disso, no início de janeiro a Philip Morris, líder do setor no país, anunciou o fechamento de uma de suas três fábricas.
Na ocasião Jorge Vives, vice-presidente da Massalin Particulares, subsidiária argentina da Philip Morris, disse que a causa principal para o fechamento da fábrica era o contrabando descontrolado, que prejudicava o negócio das empresas que operam no país. Ele pediu ao presidente Fernando de la Rúa um programa de combate ao contrabando.
Segundo informa a Subsecretaria da Agricultura argentina, o governo já está estudando medidas para tentar frear o comércio ilegal de cigarro.

Mercado
A Philip Morris emprega cerca de 3.000 pessoas na Argentina e tem cerca de 60% do mercado local. A outra empresa que opera no país é a British American Tobacco, por meio de sua subsidiária Nobleza Piccardo.
(VANESSA ADACHI)


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