|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Impostos de 72,5% estimulam o contrabando na Argentina
de Buenos Aires
A carga de impostos representa
72,5% do preço dos cigarros na
Argentina. Assim como no Brasil,
a elevada taxação contribui para
que o país enfrente um grande volume de contrabando de cigarro.
Não há números oficiais, mas,
segundo as empresas do setor, o
produto contrabandeado representa cerca de 12% do mercado
argentino de cigarros, que é de,
aproximadamente, 40 bilhões de
unidades por ano.
Até o ano passado, os tributos
cobrados pelo governo representavam 68% do preço final do produto. Mas, em dezembro, o governo aprovou um pacote tributário que, entre outras coisas, elevou a alíquota de um dos impostos que incidem sobre o cigarro
de 7% para 21%. Antes desse aumento, o setor de tabaco respondia por uma arrecadação de US$ 2
bilhões ao ano na Argentina.
Depois disso, no início de janeiro a Philip Morris, líder do setor
no país, anunciou o fechamento
de uma de suas três fábricas.
Na ocasião Jorge Vives, vice-presidente da Massalin Particulares, subsidiária argentina da Philip Morris, disse que a causa principal para o fechamento da fábrica era o contrabando descontrolado, que prejudicava o negócio
das empresas que operam no
país. Ele pediu ao presidente Fernando de la Rúa um programa de
combate ao contrabando.
Segundo informa a Subsecretaria da Agricultura argentina, o governo já está estudando medidas
para tentar frear o comércio ilegal
de cigarro.
Mercado
A Philip Morris emprega cerca
de 3.000 pessoas na Argentina e
tem cerca de 60% do mercado local. A outra empresa que opera no
país é a British American Tobacco, por meio de sua subsidiária
Nobleza Piccardo.
(VANESSA ADACHI)
Texto Anterior: Cigarros: Receita investiga papéis da Souza Cruz Próximo Texto: Mercado clandestino registra crescimento de cerca de 50% Índice
|