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OUTRO LADO
Empresa afirma que tem regras rígidas que impedem prática
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor de relações institucionais da Abbott, Irapuan de Oliveira, nega que sua empresa esteja
praticando dumping. "Temos regras muito rígidas na companhia
e o dumping absolutamente não é
permitido", diz Oliveira.
O executivo afirma que esse tipo
de estratégia também não seria
justificável para a Abbott porque
a ciclosporina representa apenas
0,5% do faturamento da empresa
no Brasil. Além disso, a Abbott
tem perdido a grande maioria das
licitações de compra do remédio.
Em 2001, venceu apenas duas licitações e perdeu 44 no Brasil. No
ano passado, ganhou duas concorrências e perdeu 18. Segundo
Oliveira, o interesse da Abbott
com a ciclosporina é basicamente
social. "Ele não representa quase
nada para a companhia no que
diz respeito ao faturamento."
Oliveira afirma que não pode
explicar a política de preços que a
Abbott adota porque comprometeria a estratégia de defesa, no caso de haver um processo antidumping.
Ataques da concorrência
Essa não é a primeira vez que a
Abbott é atacada pela concorrência no que diz respeito ao comércio de ciclosporina no Brasil. Em
2001, quando iniciou a venda do
produto aqui, foi denunciada por
comercializar o remédio sem a
mesma fórmula do medicamento
referência, criado pela Novartis.
Entidades de vigilância sanitária
depois afirmaram que a denúncia
não se justificava. O produto da
Abbott tinha a mesma fórmula do
medicamento original.
A Folha apurou que essas denúncias contra a Abbott tem incomodado a empresa, que decidiu
que irá sair do mercado de ciclosporina do país em breve.
Segundo um executivo ligado a
licitações, o início de cada ano é o
momento propício para esses tipos de denúncias, pois a temporada de licitações de ciclosporina está para ser iniciada.
(LV)
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