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Associação critica lei e diz que risco é nulo
DA REPORTAGEM LOCAL
A MMF (Mobile Manufacturers
Forum), associação internacional
de fabricantes de equipamentos
de comunicação via ondas de rádio, faz críticas à lei sancionada
em São Paulo. A organização acaba de chegar à capital para instalar
seu primeiro escritório fora da cidade que hospeda a sede, Bruxelas, na Bélgica.
Segundo o secretário-geral da
MMF, Michael Milligan, as pesquisas científicas mostram que o
risco de combustão em postos de
gasolina é insignificante. "Não há
registro de incidentes causados
por uso de celulares em postos de
gasolina em qualquer país do
mundo. A quantidade de energia
de radiofrequência emitida pelos
celulares é insuficiente para causar faíscas que possam inflamar
vapores de gasolina", diz.
Ele diz que diversas entidades
em todo o mundo já investiram
mais de US$ 100 milhões nos últimos dez anos em estudos sobre os
efeitos biológicos no ser humano
e em animais a partir do uso dos
celulares.
Apesar da convicção, todos os
manuais dos fabricantes de celulares fazem restrições em relação
ao seu uso em postos ou qualquer
outra área potencialmente explosiva, como as fábricas de produtos
químicos. "Qualquer faísca num
ambiente dessa natureza poderia
causar uma explosão ou incêndio
e resultar em ferimentos ou mesmo morte. Recomenda-se ao
usuário desligar o telefone enquanto se encontrar numa área de
abastecimento (posto de gasolina)", informa o manual do usuário da fabricante Nokia.
Para o engenheiro de produtos
da Siemens Renato Cechetti, a recomendação dos fabricantes é
uma precaução. "É uma postura
bastante conservadora, mas é melhor se prevenir", acredita.
Segundo o engenheiro José
Thomaz Senise, que coordena um
projeto experimental de pesquisa
financiado pelo Instituto Mauá de
Tecnologia e pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o tema gera
reações diferentes no mundo. "A
Itália, por exemplo, não adotou as
regras do ICNIRP, a entidade que
tem respaldo da Organização
Mundial da Saúde", diz.
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