São Paulo, sábado, 02 de fevereiro de 2008

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Importação de bens de consumo avança 49%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal atribuiu o aumento de 45,6% das importações em janeiro a dois fatores: continuidade das compras no exterior para investimento e aquisição de matérias-primas e insumos para a reposição de estoques no setor industrial.
No mês passado, as importações de máquinas e equipamentos subiram 56,9%, as de matéria-prima aumentaram 52,7%, e as de bens de consumo, 48,8%, sempre em relação a janeiro de 2007. O destaque entre os bens de consumo foram os automóveis, com alta de 273,5%.
O diretor de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Fiesp, Roberto Giannetti, atribui a maior demanda por carros fabricados no exterior ao dólar fraco.
"O câmbio sobrevalorizado está fazendo com que os veículos importados se tornem bem mais competitivos que os nacionais, eliminando vagas de trabalho nas montadoras brasileiras", afirmou.
Segundo ele, o câmbio favorável está levando os importadores a intensificar as operações de "drawback" -quando a empresa importa a matéria-prima com imposto mais baixo para fabricar um produto que necessariamente será exportado.
No mês passado, os altos preços de commodities também ajudaram a "segurar" o superávit comercial, impedindo que o saldo fosse ainda menor.
O farelo de soja, por exemplo, foi vendido em janeiro por um preço 50,8% maior do que no mesmo mês em 2007, o que representou um aumento de 26,2% no valor das exportações do produto, mesmo com uma redução de 16,3% no volume exportado.
No caso do óleo de soja, o aumento de 53% no preço não impediu um crescimento de 303,9% na quantidade vendida pelo país. Por outro lado, mesmo com queda de 15,2% no preço dos calçados, houve um pequeno aumento de 3,4% no valor obtido com as exportações, ajudado pelo crescimento de 20,7% na quantidade vendida.


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