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Importação de bens de consumo avança 49%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal atribuiu
o aumento de 45,6% das importações em janeiro a dois
fatores: continuidade das
compras no exterior para investimento e aquisição de
matérias-primas e insumos
para a reposição de estoques
no setor industrial.
No mês passado, as importações de máquinas e equipamentos subiram 56,9%, as
de matéria-prima aumentaram 52,7%, e as de bens de
consumo, 48,8%, sempre em
relação a janeiro de 2007. O
destaque entre os bens de
consumo foram os automóveis, com alta de 273,5%.
O diretor de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Fiesp, Roberto Giannetti, atribui a maior demanda por carros fabricados no
exterior ao dólar fraco.
"O câmbio sobrevalorizado está fazendo com que os
veículos importados se tornem bem mais competitivos
que os nacionais, eliminando
vagas de trabalho nas montadoras brasileiras", afirmou.
Segundo ele, o câmbio favorável está levando os importadores a intensificar as
operações de "drawback"
-quando a empresa importa
a matéria-prima com imposto mais baixo para fabricar
um produto que necessariamente será exportado.
No mês passado, os altos
preços de commodities também ajudaram a "segurar" o
superávit comercial, impedindo que o saldo fosse ainda
menor.
O farelo de soja, por exemplo, foi vendido em janeiro
por um preço 50,8% maior
do que no mesmo mês em
2007, o que representou um
aumento de 26,2% no valor
das exportações do produto,
mesmo com uma redução de
16,3% no volume exportado.
No caso do óleo de soja, o
aumento de 53% no preço
não impediu um crescimento de 303,9% na quantidade
vendida pelo país. Por outro
lado, mesmo com queda de
15,2% no preço dos calçados,
houve um pequeno aumento
de 3,4% no valor obtido com
as exportações, ajudado pelo
crescimento de 20,7% na
quantidade vendida.
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