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Braskem faz sua primeira aquisição no exterior
Após incorporar a rival Quattor, empresa compra a Sunoco nos EUA
Pelo acordo, a Braskem irá desembolsar US$ 350 mi pela quarta maior empresa produtora, nos EUA,
de polipropilenos
PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pouco mais de uma semana
após adquirir a concorrente
Quattor no Brasil e se tornar a
oitava petroquímica do mundo,
a Braskem anunciou ontem a
compra da produtora de polipropileno Sunoco Chemicals,
nos Estados Unidos, em sua
primeira aquisição no exterior.
Pelo acordo, que deve ser
concluído em um prazo de 60
dias, a Braskem irá desembolsar US$ 350 milhões.
O valor da compra será pago
à vista e sairá do caixa da Braskem, cujo saldo no terceiro trimestre do ano passado estava
em US$ 1,7 bilhão.
Com o negócio, a Braskem se
aproxima da Ineos, a sétima
maior petroquímica em capacidade de produção, e passa a
produzir 6,46 milhões de toneladas de resinas por ano.
"Agora, a internacionalização da Braskem não apenas se
concretiza por meio de projetos como também por meio de
aquisições. Queremos chegar a
2020 como uma das cinco
maiores petroquímicas do
mundo", disse o presidente da
Braskem, Bernardo Gradin.
A empresa já tem projetos fora do Brasil em países como
México, Venezuela e Peru.
Segundo Gradin, a Braskem
estuda agora comprar outros
ativos fora do país. Só nos Estados Unidos, a empresa mantém
conversas com outras cinco
companhias.
"A negociação com a Sunoco
foi a que se concretizou primeiro, mas não paramos por aqui.
Esse foi um primeiro passo para a construção dessa empresa
global que pretendemos formar", afirmou Gradin.
Nos EUA, a Sunoco é a quarta
maior produtora de polipropileno, com capacidade produtiva para 950 mil toneladas da resina por ano em suas três fábricas, no Texas, Pensilvânia e
Virginia Ocidental.
A empresa detém 13% do
mercado norte-americano, o
maior consumidor de polipropileno do mundo.
Monopólio
No Brasil, a Braskem anunciou na semana retrasada a
compra da sua rival Quattor
por R$ 700 milhões, em um negócio que a colocou em posição
de monopolista na produção de
petroquímicos básicos no país.
A expectativa é que o acordo,
que será submetido ao Cade
(Conselho Administrativo de
Defesa Econômica), concretize-se em 120 dias.
A Braskem, que tem a Petrobras e a Odebrecht como principais acionistas, ainda receberá um aporte de R$ 3,5 bilhões.
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