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LIVROS
Editoras lideram mercado escolar
Abril assume controle da Ática e da Scipione
CASSIANO ELEK MACHADO
MARCELO SAKATE
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente-executivo do Grupo Abril, Maurizio Mauro, anunciou ontem pela manhã, em reunião com a diretoria em um hotel
de São Paulo, que a empresa assumiu integralmente as editoras
Ática e Scipione, das quais já possuía 50% do controle.
Com a operação, fechada na
sexta-feira, a Abril compra a outra
metade das duas empresas, que
pertencia ao grupo francês Vivendi Universal Publishing (VUP),
seu parceiro desde 1999.
O Grupo Abril e as editoras Ática e Scipione confirmaram o negócio, mas não divulgaram o valor da transação. Em 2003, o fundo europeu TMG propôs comprar a totalidade das ações das
duas editoras por US$ 85 milhões.
Fundos dos bancos Real e Unibanco, a editora Saraiva e o grupo
espanhol Prisa também haviam
feito propostas.
A Ática e a Scipione faturaram
no ano passado R$ 288 milhões
(R$ 185 milhões da primeira e o
restante da Scipione). Cerca de R$
130 milhões vieram de compras
governamentais (o maior valor
entre todas as editoras).
Em 1999, as duas editoras haviam sido adquiridas pelo Grupo
Abril e pelo francês Havas (depois
VUP) por cerca de US$ 100 milhões. Ática e Scipione, que operam separadamente, já possuíam
o mesmo grupo de acionistas.
De acordo com Wander Soares,
diretor-presidente da Abrelivros,
associação que congrega as empresas de livros escolares, o novo
controle acionário das editoras
Ática e Scipione não deve trazer
mudanças ao panorama do setor.
"A concentração existe desde
que a Abril comprou metade do
controle das duas editoras, o que
não interferiu no mercado. A estrutura operacional foi mantida
na época e deve continuar agora."
O mercado de didáticos e paradidáticos está hoje principalmente nas mãos de quatro grupos.
Além das líderes Ática e Scipione,
comandam o setor os grupos
FTD, Saraiva e Moderna.
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