DA REDAÇÃO

A atividade na indústria norte-americana cresceu pelo nono mês seguido. Mais importante, o setor ofereceu, pela primeira vez desde a recessão de 2001, um sinal claro de que voltou a contratar funcionários, o que deve encerrar um dos mais longos ciclo de demissões do país.
De acordo com relatório divulgado ontem pelo ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês), o índice de atividade da indústria ficou em 61,4 pontos. Houve uma ligeira queda ante janeiro, quando o indicador ficara em 63,6 pontos.
De qualquer maneira, foi o nono mês seguido em que o índice ficou acima de 50 pontos, e, pela metodologia do ISM, isso significa expansão na atividade (ocorre queda na atividade quando o índice fica abaixo de 50 pontos).
"De uma maneira geral, os números são bastante positivos", afirmou John Silvia, economista-chefe do banco Wachovia.
A surpresa no relatório ficou por conta do subíndice de emprego, que atingiu o maior nível desde 1987. Essa leitura trouxe a expectativa de que haja uma melhora na taxa de desemprego, cujo índice de fevereiro será conhecido na sexta-feira.

Recessão
A indústria foi o setor mais atingido pela recessão de 2001. O setor registra queda no número de pessoas empregadas há 44 meses consecutivos e perdeu mais de 2 milhões de postos no período. O presidente George W. Bush, que vai tentar a reeleição nas eleições deste ano, torce para que haja uma inversão nas estatísticas.
Hoje a taxa de desemprego está em 5,6%, bem acima dos índices registrados até 2000, quando o índice girava em torno de 4%. Os números do mês passado, a serem conhecidos na sexta-feira, devem indicar se, finalmente, a indústria do país reagiu.

Consumo aquecido
O consumo norte-americano também segue em alta, e, em janeiro, cresceu mais do que a renda. Naquele mês, a renda cresceu 0,2%, contra o avanço de 0,4% no consumo das famílias.
Os bons números econômicos estimularam os preços das ações. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York encerrou em alta de 0,9%, e a Nasdaq ganhou 1,4%.


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