DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro pregão do mês foi de grande otimismo na Bolsa de Valores de São Paulo. Após fechar março com alta de 9,66%, o Ibovespa subiu ontem mais 2,82%, motivado principalmente pela perspectiva favorável de aprovação, hoje, da emenda constitucional sobre o sistema financeiro.
A notícia repercutiu duplamente no mercado. Primeiramente, a emenda abre espaço para a aprovação da autonomia do Banco Central, fator que é considerado muito favorável por alguns analistas para que a autoridade monetária não tenha suas ações direcionadas de acordo com vontades políticas.
Além disso, e mais importante, segundo operadores, foi a articulação feita dentro do PT e que resultou na decisão dentro do partido de aprovar a medida, considerada polêmica por muitos.
Para os analistas, a notícia de que a ala mais à esquerda do PT concordou em aprovar a emenda deixa os investidores ainda mais otimistas quanto ao andamento da reforma previdenciária.
Das dez ações mais negociadas no dia, apenas duas fecharam em baixa. As ações preferenciais da Telemar, as mais negociadas, subiram 5,26%.

Ajustes
As maiores oscilações não se concentraram em nenhum setor. Segundo operadores, o dia foi de otimismo geral e as desvalorizações foram resultado de ajustes de preços feitos nas transações dos dias anteriores.
As maiores altas do dia foram Bradespar PN (7,8%) e Klabin PN (7,1%). As maiores baixas foram Siderúrgica Nacional ON (2,0%) e Aracruz PNB (1,3%).

Novo índice
A Bovespa divulgou ontem a primeira prévia da carteira teórica que deve compor o Ibovespa de 1º de maio até 30 de agosto desde ano. O Ibovespa será formado por 54 papéis, e os critérios de escolha são o índice de negociabilidade, liquidez e volume movimentado nos pregões.
As cinco ações com maior peso no índice continuam a ser as ações preferenciais da Telemar, Petrobras, Bradesco, Embratel Participações e Telesp Celular Participações. Juntos, esses papéis correspondem a aproximadamente 38,7% da composição do Ibovespa.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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