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Maioria tem curso superior
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de dois terços dos ocupados que pertencem às famílias ricas possuem curso superior completo, enquanto menos de 10%
são analfabetos ou não têm curso
primário. Em 2000, eram 900 mil
ocupados ricos no país, revela o
"Atlas da Exclusão Social - Os ricos no Brasil", divulgado ontem.
Do total dos ricos ocupados,
67,2% têm curso superior completo, 10,6%, superior incompleto, 13,7%, ensino médio completo, 4,8%, ensino fundamental e
3,6% são analfabetos.
De acordo com o livro, 60% dos
ocupados das famílias de alta renda eram do sexo masculino. O
percentual sobe para 70% nas famílias de ricos que trabalham como empregadores.
Segundo o secretário do Trabalho da Prefeitura de São Paulo,
Marcio Pochmann, coordenador
do livro, a desigualdade social
aparece "com toda a força", quando se verifica que apenas 8,7% dos
ocupados em famílias de alta renda são negros ou pardos -embora a participação desse segmento
na população nacional seja de
46%, segundo o atlas.
Do total de ricos ocupados no
país que pertencem às famílias
com renda superior a R$ 10.982,
cerca de 40% eram altos dirigentes do setor privado, 28,5% eram
empregadores, 18% eram trabalhadores por conta própria
-consultores e profissionais liberais- e 12,8% eram altos dirigentes do setor público.
"Nos anos 90, houve enxugamento e reestruturação nas empresas. Muitos foram demitidos e
passaram a atuar como consultores em empresas privadas e multinacionais", diz Pochmann.
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