São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2004

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Maioria tem curso superior

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de dois terços dos ocupados que pertencem às famílias ricas possuem curso superior completo, enquanto menos de 10% são analfabetos ou não têm curso primário. Em 2000, eram 900 mil ocupados ricos no país, revela o "Atlas da Exclusão Social - Os ricos no Brasil", divulgado ontem.
Do total dos ricos ocupados, 67,2% têm curso superior completo, 10,6%, superior incompleto, 13,7%, ensino médio completo, 4,8%, ensino fundamental e 3,6% são analfabetos.
De acordo com o livro, 60% dos ocupados das famílias de alta renda eram do sexo masculino. O percentual sobe para 70% nas famílias de ricos que trabalham como empregadores.
Segundo o secretário do Trabalho da Prefeitura de São Paulo, Marcio Pochmann, coordenador do livro, a desigualdade social aparece "com toda a força", quando se verifica que apenas 8,7% dos ocupados em famílias de alta renda são negros ou pardos -embora a participação desse segmento na população nacional seja de 46%, segundo o atlas.
Do total de ricos ocupados no país que pertencem às famílias com renda superior a R$ 10.982, cerca de 40% eram altos dirigentes do setor privado, 28,5% eram empregadores, 18% eram trabalhadores por conta própria -consultores e profissionais liberais- e 12,8% eram altos dirigentes do setor público.
"Nos anos 90, houve enxugamento e reestruturação nas empresas. Muitos foram demitidos e passaram a atuar como consultores em empresas privadas e multinacionais", diz Pochmann.


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