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MERCADO ABERTO
Energia supera níveis pré-apagão
Em 2004, o consumo de energia total no país superou, pela primeira vez, o registrado
antes do racionamento de
2001. Segundo dados da Eletrobrás, no ano que passou o país
consumiu 4,2% a mais de energia
do que em 2000, ano anterior ao
racionamento. O consumo de
energia em 2004 foi de 320.421
GWh, contra 307.528 GWh de
2000. Já em relação a 2003, quando o país consumiu 306.987
GWh, a alta foi de 4,38%.
O destaque foi o setor industrial, cujo consumo cresceu
7,14% de 2003 para 2004, de
136.221 GWh para 145.949 GWh.
Em 2000, o consumo do setor fora de 131.278 GWh. Em relação a
esse ano anterior ao apagão, o
crescimento foi de 11,2%.
O aumento do consumo de
energia foi puxado principalmente pelo crescimento de 5,2%
do PIB do ano passado. A indústria foi um dos destaques, com
alta de 8,3%, a maior desde 1986.
Para o consultor David
Zylbersztajn, ex-presidente da
ANP (Agência Nacional do Petróleo) e um dos principais responsáveis pelo programa de racionamento de 2001, o crescimento do consumo de energia
mostra que houve um ganho importante da sociedade.
Segundo Zylberstajn, "a sociedade aprendeu a produzir mais
riquezas consumindo menos
energia". Do início da crise do
apagão (2001) até o ano passado,
o país cresceu 9,2%, e, apesar disso, só em 2004 se consumiu mais
energia do que antes do racionamento. "A sociedade se modernizou, tudo bem que de forma
forçada, mas se modernizou."
Apesar de todos os ganhos, o
consumo de energia de 2004
acendeu um sinal amarelo. Para
Zylberstajn, o país tem que começar o mais rapidamente possível a dar partida a novos investimentos no setor de energia, uma
vez que uma hidrelétrica leva,
por exemplo, de quatro a cinco
anos para ficar pronta. Por ora,
não há risco de falta de energia.
Os reservatórios, em sua maioria,
estão cheios, mas o país precisa
se preparar para a energia não se
tornar, mais uma vez, um empecilho ao crescimento, afirma.
EXPORTAÇÃO PLÁSTICA
Juan Quirós (Apex) e Merheg
Cachum (INP) renovam na segunda o convênio do programa
"Export Plastic". Ao todo, são
R$ 10 milhões investidos, a partir dos quais as metas do projeto foram ampliadas para 165
empresas com exportações de
US$ 56 milhões de produtos de
plásticos neste ano.
COMÉRCIO E CRÉDITO
Com o objetivo de fidelizar o
consumidor e eliminar a taxa
de administração das bandeiras de cartões de crédito, a Associação Comercial de São
Paulo lança, na próxima semana, um cartão de crédito para o
varejo. O pequeno comerciante
poderá estampar sua marca e
diminuir o risco de crédito. Em
todo o Brasil, estima-se que haja 100 milhões de cartões "private label", metade administrado pelas grandes redes.
NO EXTERIOR
A semana de relações internacionais da Faap terá como tema neste ano a internacionalização das empresas. A Odebrecht e a Fogo de Chão são alguns dos exemplos abordados
no evento, que acontece nos
dias 11 a 15 de abril.
OTIMISMO
O aumento da renda do trabalhador esperado para este
ano deve impulsionar as vendas de papel higiênico, especialmente para as classes C e D.
"O consumo de papel higiênico
per capita no Brasil é baixíssimo. As classes mais populares
são as que possuem maior potencial de crescimento", diz
Philippe Boutaud (à esq.), presidente da Santher, uma das
maiores fabricantes do produto no país. Para 2005, a expectativa de Boutaud é a de um aumento de até 10% nas vendas.
"A melhora da renda é fundamental para crescermos."
PÃO E VINHO
Para tentar ampliar as vendas de vinhos, o Pão de Açúcar aposta no atendimento
individualizado e especializado de seus funcionários.
Com esse propósito, embarcou para Mendoza, na Argentina, um grupo de atendentes. Hoje já existem 82
especializados. "A viagem é
para eles colherem informações e poderem transmiti-las aos clientes sobre que tipo de vinho combina com
qual comida", diz a diretora
de marketing, Maria do Carmo Pousada, que acompanha o grupo, ao lado do enófilo Carlos Cabral. A rede espera vender 20,5 milhões de
garrafas em 2005, alta de
quase 20% ante 2004.
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