São Paulo, sábado, 02 de abril de 2005

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BARRIL DE PÓLVORA

Relatório dizendo que barril pode atingir US$ 105 preocupa mercado; gasolina pode bater recorde

Petróleo chega a US$ 57,70 em Nova York

DA REDAÇÃO

O petróleo bateu recorde durante o dia ontem, chegando perto de US$ 58, um dia depois da divulgação de um relatório dizendo que o preço do barril do combustível pode passar de US$ 100 devido ao aumento da demanda e à diminuição da capacidade excedente.
O preço do petróleo na Bolsa de Nova York já subiu cerca de 30% este ano. Grandes fundos especulativos estão comprando muito, apostando que o crescimento das economias asiáticas e dos Estados Unidos pressionará a oferta mundial da commodity.
O barril na Bolsa de Nova York subiu US$ 2,40 para US$ 57,70 na tarde de ontem, acima do recorde anterior intradia, de US$ 57,60, atingido em 17 de março.
Na Bolsa de Londres, o barril do tipo Brent atingiu US$ 56,51 durante o dia.

Petróleo a US$ 105
O banco Goldman Sachs divulgou na quinta-feira relatório em que dizia que o petróleo entrou em um movimento chamado de "superpicos", que pode levar os preços a até US$ 105.
O banco aumentou suas previsões de preço para o petróleo para US$ 50 em 2005 e US$ 55 em 2006, ante previsões anteriores de US$ 41 e US$ 40, respectivamente.
Por causa do relatório, o preço do barril de petróleo já havia subido 2,6% ontem em Nova York.
Os investidores estão preocupados também com a oferta de gasolina, já que o aumento do estoque do país pode ser insuficiente para a demanda maior no verão americano, em julho e agosto.
O galão da gasolina pode atingir um recorde de US$ 1,7360 em breve em Nova York, segundo analistas. O combustível para aquecimento bateu recorde de US$ 1,6750 ontem.

Refinarias
Problemas em refinarias durante a semana também contribuíram para a preocupação do mercado. Uma refinaria na Venezuela, com produção de 485 mil barris de petróleo por dia, foi fechada na quinta-feira depois de uma queda de energia.
A estatal de petróleo da Venezuela, a PDVSA, disse que a refinaria voltará a funcionar em no máximo uma semana e que a oferta local e internacional está garantida.
Na semana passada, houve uma explosão fatal em uma refinaria do Texas, nos Estados Unidos, a terceira maior do país, além de outras problemas em refinarias.


Com agências internacionais


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