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Commodities disparam no 1º trimestre
DA BLOOMBERG
Os preços das commodities registraram sua segunda maior alta
trimestral desde 1988 nos primeiros três meses deste ano, num
momento em que a cotação do
petróleo subiu e alcançou o recorde, o cobre
atingiu sua maior alta dos últimos
16 anos e o café, a soja e o algodão
subiram 15% ou mais.
O crescimento da demanda por
matérias-primas por parte da
China e a aceleração do crescimento econômico dos Estados
Unidos ajudaram o Índice Reuters-CRB de 17 commodities a subir 10,5%, a maior alta desde a disparada de 11,2% do primeiro trimestre de 2004. O índice subiu e
alcançou seu maior pico dos últimos 24 anos em 16 de março passado -e pode vir a bater seu recorde devido à atividade dos investidores, que estão comprando
commodities como alternativa às
ações e aos bônus dos EUA.
"Continuamos a observar, mesmo com as altas já alcançadas pelos preços das commodities, a
multiplicação de novos investimentos por parte de vários investidores institucionais", afirma
Robert Leary, 44, diretor-executivo da AIG Financial Products
Corp., dos EUA, que comercializa
30 commodities para investidores
institucionais. A alta ainda tem
"um bom caminho pela frente".
Os investidores despejaram
"vários bilhões" de dólares em
commodities no primeiro trimestre de 2004, quantia que veio se
juntar aos US$ 40 bilhões que já
estavam vinculados ao Índice
Dow Jones-AIG de Commodities
e ao Índice Goldman Sachs de
Commodities no início deste ano,
afirma Leary.
O Índice Dow Jones-AIG de 19
contratos futuros de commodities
subiu 12% no primeiro trimestre,
sua maior alta desde o quarto trimestre de 2003. O Índice Goldman de 24 matérias-primas baseado no setor de energia teve alta
de 22%, seu melhor desempenho
desde 1990.
Demanda chinesa
Em 2004, a economia chinesa
cresceu 9,5%, seu ritmo mais acelerado dos últimos oito anos, impulsionando a demanda por matérias-primas como cobre, aço e
alumínio para a construção de
imóveis e rodovias e para a produção de mais linhas de transmissão de energia elétrica, automóveis e eletrodomésticos. A economia dos Estados Unidos cresceu
4,4% no ano passado, seu ritmo
mais acelerado desde 1999.
O aumento do crédito na China
pode vir a acelerar a demanda por
cobre, petróleo, minério de ferro,
carvão, soda cáustica e outras
commodities industriais, disse
Stuart Flerlage, diretor-executivo
da Brownstone Advisors LLC, de
Nova York. "Acreditamos estar
no início de um ciclo que pode
durar dez anos", afirma.
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