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MERCADO FINANCEIRO
Dados fracos do emprego nos EUA diminui expectativa de que o Fed aumentará ritmo de alta dos juros
Cotação do dólar cai pelo sexto dia seguido
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
O dólar caiu ontem 0,29%
-sexta baixa seguida- e fechou
cotado a R$ 2,660, após recuar
0,90% pela manhã. A Bovespa
(Bolsa de Valores de São Paulo)
depois de subir 2,13% encerrou o
pregão com leve alta de 0,61%.
A divulgação de indicadores
econômicos nos Estados Unidos
concentrou a atenção dos mercados ontem. O dado que mais pesou na percepção dos analistas foi
o do mercado de trabalho norte-americano, que apontou desaceleração na geração de empregos.
O desaquecimento no mercado
de trabalho dos EUA gerou uma
expectativa entre os analistas de
que o Federal Reserve (o banco
central dos EUA) poderia não elevar os juros tão rápido quanto o
mercado espera. Por outro lado, o
índice do Instituto de Gestão e
Fornecimento (ISM) de março ficou levemente acima da expectativa de Wall Street.
Para Miriam Tavares, da corretora AGK, os indicadores econômicos saíram contraditórios nos
Estados Unidos, deixando os investidores confusos.
Hélio Osaki, do Banco Rendimento, destacou que os dados
provocaram volatilidade no mercado. "O mercado ficou ao sabor
de toda essa movimentação", disse Osaki. Ele acrescentou, entretanto, que o bons resultados da
balança comercial brasileira e o
fluxo de entradas de recursos por
meio de captações no exterior impedem uma reação de curto prazo
no câmbio.
Outro agravante foi o preço do
petróleo,, que bateu novo recorde
histórico ontem, chegando perto
de US$ 58, com especulações de
que o crescimento da demanda
mundial possa ser maior do que a
capacidade dos países produtores
de extrair a commodity.
A alta do produto no mercado
internacional não foi suficiente
para derrubar os negócios no Brasil, mas chegou a gerar um pouco
de cautela. A cotação sobe forte
desde anteontem, quando analistas do banco de investimentos
Goldman Sachs divulgaram estimativa de que o preço do barril
poderia chegar a US$ 105.
O dólar começou o dia caindo
ante outras moedas, após o relatório do Departamento de Trabalho, mas acabou fechando em alta
em relação ao euro, ao iene e à libra esterlina. A moeda européia
fechou a US$ 1,2905, ante
US$ 1,2958 na quinta-feira. O dólar fechou a 107,61 ienes.
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