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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Desemprego é 3ª preocupação da população, afirma Fiesp
Os fechamentos de vagas de
trabalho anunciados recentemente não trouxeram o desemprego ao topo da lista de problemas que preocupam a população. Um levantamento da
Fiesp feito com mil pessoas, de
21 a 28 de fevereiro, no país,
aponta que a segurança é a primeira preocupação no Brasil,
seguida pelo medo da falta de
dinheiro para honrar contas. O
desemprego ficou em terceiro
lugar, com 10% das respostas.
A ordem dos problemas sociais mais temidos já foi diferente. O desemprego liderou o
ranking entre 2005 e 2007,
com 42% de votos em 2007.
Para Paulo Francini, diretor
do Departamento de Pesquisas
e Estudos Econômicos da
Fiesp, o resultado surpreendeu. Ele esperava que a crise fizesse com que mais pessoas listassem o desemprego como sua
maior preocupação.
Segundo a pesquisa, 30% das
pessoas foram demitidas ou
têm alguém próximo a sua convivência que perdeu o emprego
desde outubro de 2008. Apenas
15% afirmaram que se sentiram
ameaçados de perder seu emprego no mesmo período.
Os mais receosos são os trabalhadores paulistas (19%), os
que têm entre 25 e 34 anos
(21%) e o grupo formado por
pessoas com grau de escolaridade de ensino médio completo ou incompleto (20%).
"O medo de perder o emprego se limita a um grupo. Isso
não se espalhou nacionalmente
e está concentrado em certas
áreas de atuação e regiões."
A pesquisa também buscou
verificar se a relação entre o
medo de perder o emprego se
refletirá, efetivamente, no consumo. A maioria dos entrevistados afirmou que, caso sentisse ameaça de demissão, cortaria gastos com itens supérfluos.
A possibilidade de atrasar ou
deixar de pagar compromissos
financeiros pessoais foi considerada por metade dos entrevistados, diante da hipótese de
ameaça de demissão. Menos
pessoas, no entanto, consideraram atrasar as contas firmadas
com bancos -24%.
Postos não receberam redução do preço do álcool, diz sindicato
A redução nos preços do álcool vendido pelas usinas não
chegou aos proprietários de
postos de combustível, afirma
José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato
do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de
São Paulo). Segundo ele, os
ajustes no preço do álcool vendido pelas distribuidoras são
menores que os pagos na usina.
Do início de fevereiro até a
semana passada, o preço do álcool na usina caiu 27%, segundo dados do Cepea/Esalq. Para
o consumidor, no entanto, o
corte foi bem mais tímido.
"Não recebemos o repasse
que deveríamos. Eu compro álcool hoje por praticamente o
mesmo preço que comprava
antes da baixa", diz Gouveia.
Mesmo sem o repasse ao posto, Gouveia diz que os estabelecimentos estão cortando a
margem de lucro para diminuir
o preço de venda ao consumidor e ficarem mais competitivos. "A competição é na ponta."
PICKUPS
Michel Saad, sócio do
clube Disco e dono da
agência de DJs ms3, diz
que o mercado de música
eletrônica e a própria música estão mudando. A
tendência é que as visitas
de DJs estrangeiros de altos cachês deem lugar a
músicos mais baratos. "A
ms3 traz DJs menos conhecidos, mas que agradam. Não posso trazer DJ
de US$ 60 mil para tocar
na Disco, onde o público é
menor. Tenho que trazer
quem cobra US$ 4.000."
Em tempos de crise, Saad
aposta em um "som mais
leve" e no recuo da música eletrônica "muito progressiva". "O eletrônico
puro está em baixa." Os
próximos nomes a tocar
no Disco são David Katz e
Kenny Carpenter.
CHUTEIRA
A Fila investirá no desenvolvimento de uma linha focada em futebol, com chuteiras, confecções e acessórios.
A marca italiana, focada na
fabricação de tênis para uso
diário e prática de esportes,
quer entrar em um segmento que soma 30% das vendas
do mercado esportivo.
NA ORELHA
A Sony Ericsson atingiu 32
milhões de celulares Cyber-shot vendidos no mundo.
TELEFONE
A CBM (Casa da Moeda do
Brasil) fechou ontem um
contrato com a Oi para produzir e fornecer 160 milhões
de cartões indutivos -cartões de orelhão- em 2009 e
2010. As entregas estão previstas para começar a partir
de maio. No valor de R$ 0,41
por unidade, o total do contrato atinge aproximadamente R$ 66 milhões. Para
atender a demanda da Oi, a
CMB reativou uma fábrica,
em Itaguaí (RJ), que estava
parada desde 2001.
NA CARNE
As exportações de carne
bovina brasileira, em valor,
tiveram queda menor em
março, de 14%, na comparação com o mesmo mês de
2008, segundo a Abiec (associação de exportadores). O
recuo foi de 27% em fevereiro e de 49% em janeiro. As
exportações de carne "in natura" foram de US$ 234 milhões em março. Em volume,
a exportação foi de 84 mil toneladas em março de 2008
para 82 mil toneladas em
março deste ano.
BEM PASSADO
Otávio Cançado, diretor-executivo da Abiec, diz que a
tendência é de recuperação
nas exportações de carne,
desde que o governo pressione para ampliar o acesso brasileiro aos mercados do Chile e da União Europeia. "O
governo tem que adotar uma
política comercial mais
agressiva em relação ao Chile e à União Europeia", diz.
CADEIRA
Henrique Luz, sócio da
PricewaterhouseCoopers,
assumiu ontem a presidência nacional do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos
de Finanças) para a gestão
2009/2011.
TECIDO
As vendas do comércio
atacadista de tecidos de São
Paulo cresceram 3,5% no
mês de março ante fevereiro,
segundo o sindicato do setor.
Na comparação com março
de 2008, houve uma queda
de 3%.
ARIGATÔ
A Itaú Securities organiza,
no dia 6, o primeiro Annual
Brazil Conference em Tóquio. O evento já foi feito em
Nova York. A ideia agora é
atrair investidores do Japão.
O evento terá representantes de Petrobras, Cemig,
BM&FBovespa e outros.
LEITURA
A Volkswagen do Brasil vai
inaugurar no dia 8, na fábrica
Anchieta, em São Bernardo
do Campo (SP), uma biblioteca para atender colaboradores da unidade.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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