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Bovespa vira com dados dos EUA e fecha em alta de 2,57%
Bolsa chegou a perder 1,64%;
dólar recua para R$ 2,28
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dados da economia norte-americana deram o tom dos
mercados, que alternaram momentos de altas e de perdas. A
Bovespa acompanhou a movimentação do mercado dos
EUA: na mínima, recuou 1,64%,
mas virou e encerrou com valorização de 2,57%. Com mais essa alta, a Bolsa de Valores de
São Paulo passou a acumular
apreciação de 11,8% no ano.
Os mercados começaram o
dia em terreno negativo, em
resposta à divulgação do fechamento de 742 mil postos de trabalho no setor privado dos EUA
em março, segundo a consultoria ADP. O Dow Jones, que reúne 30 das ações americanas
mais negociadas, chegou a recuar 1,6% na abertura.
O humor do mercado mudaria apenas depois de outros dados econômicos serem conhecidos, como o aumento das
vendas de casas usadas no país.
Outra informação que ajudou a
fortalecer as Bolsas foi a retração menor que a esperada da
atividade no setor manufatureiro americano, apontada em
pesquisa do instituto ISM.
No fim das operações, o índice Dow Jones registrava alta de
2,01%. A Bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 1,51%.
"O mercado respondeu bem
a alguns dados que saíram nos
EUA e, após muita oscilação, as
Bolsas terminaram com ganhos. Hoje [ontem] o mercado
atravessou mais um dia de
enorme volatilidade", afirma
Álvaro Bandeira, diretor da
corretora Ágora.
Na Europa, mesmo com notícias como a elevação do desemprego, as Bolsas registraram alta. Ontem foi divulgado que o
desemprego na zona do euro
subiu para 8,5% em fevereiro.
Entre as maiores Bolsas de Valores da região, houve altas de
1,13% em Frankfurt e de 0,75%
em Londres.
Hoje, o BCE (Banco Central
Europeu) se reúne para definir
como fica a taxa básica na região. A expectativa é que os juros sejam reduzidos de 1,5% para 1% ao ano.
"O mercado também estará
muito atento e interessado em
possíveis novidades a serem
apresentadas na reunião do
G20, que ocorre em Londres",
disse Bandeira.
A queda das commodities no
exterior não freou a recuperação das ações de empresas dependentes do desempenho das
matérias-primas, que são o segmento de maior peso na Bovespa. Mesmo com o petróleo em
queda de 2,5%, as ações da Petrobras tiveram altas de 3,44%
(ON) e 2,97% (PN).
No setor de siderurgia, destacaram-se Gerdau PN (com alta
de 4,03%) e Companhia Siderúrgica Nacional ON (que subiu 3,19%). Ontem os operadores comentavam a informação
de que parte dos recursos da
CSN destinados ao pagamento
de proventos foi bloqueada devido a dívidas fiscais. Mas a notícia não atrapalhou o desempenho dos papéis da empresa
na Bolsa.
Na lista das maiores perdas
de ontem, apareceu a ação da
Redecard, que caiu 8,5% em
resposta a um estudo em que o
BC se mostrou crítico à indústria de cartões de crédito.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dia
menos tenso permitiu que o
dólar recuasse. No fim das operações, o dólar era cotado a R$
2,28, com baixa de 1,64%.
O recente recuo do dólar reflete a melhora do fluxo cambial para o país nos últimos
dias. Entre 1º e 20 de março, a
saída de recursos era de US$
1,910 bilhão. Já na semana passada, houve a entrada US$ 941
milhões. No acumulado do
mês, até sexta-feira passada, a
saída líquida de dólares do país
estava em US$ 968 milhões.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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