São Paulo, quinta-feira, 02 de abril de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

NOVO RECORDE
A produção mundial de arroz de 2008/9 volta a superar a anterior, o que já está se repetindo há quatro anos. Melhores preços do produto na recente crise de oferta elevaram os interesses dos produtores, que estão colocando 441 milhões de toneladas do produto no mercado neste ano.

ESTOQUES CRESCEM
Os estoques mundiais devem crescer pelo segundo ano consecutivo, mas ainda não afetam os preços mundiais, que estão acima da média porque o consumo continua firme. Os estoques vão para 86,1 milhões de toneladas, segundo o Usda.

MAIORES
O aumento da safra mundial de arroz é pequeno em 2008/9 e há estabilidade na produção dos líderes. A China mantém os 135,1 milhões de toneladas, enquanto a Índia vai a 98,9 milhões de toneladas -mais 1,4 milhão. A Indonésia, também com produção estável -36,2 milhões de toneladas-, continua em terceiro lugar.

ALÍVIO
Os produtores brasileiros esperam redução nos custos variáveis da safra deste ano, principalmente devido ao recuo nos preços dos fertilizantes. A SLC Agrícola, por exemplo, viu a participação dos fertilizantes subir de 19% na composição dos custos variáveis de 2006/7 para 30% em 2008/9.

SONHO ADIADO
Como no Brasil, a Argentina vê o sonho de safras recordes ficar mais distante. A forte seca deste ano, somada às políticas pouco incentivadoras do governo, vai derrubar a produção para patamar inferior a 70 milhões de toneladas, devido principalmente às quedas nas colheitas de soja, milho e trigo. Ficou adiado o objetivo de 100 milhões de toneladas.

FICA
Mesmo com quebra tão grande na produção de grãos, o governo avisa que as retenções ficam. Sua eliminação seria um favorecimento a poucos em detrimento de toda a sociedade, na avaliação governamental.

MELHORA
Os preços dos produtos agrícolas tiveram melhora no mês passado para os produtores norte-americanos, segundo o Departamento de Agricultura. A elevação foi de 0,8% em relação a fevereiro. Nos últimos 12 meses, caem 14%. Já o setor de carnes manteve perdas, com redução de 0,9% na comparação com fevereiro.

CARNE
O preço da carne suína começou o mês em alta. Ontem, a arroba do animal foi negociada a R$ 42 em São Paulo. A escassez de animais prontos para abate explica o aumento.


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